Centenas de trabalhadores da Cagepa e do serviço público municipal ocuparam as ruas de Campina Grande, nesta terça-feira (17), contra o projeto de privatizações do governo Romero Rodrigues (PSDB). A atividade foi iniciada com uma assembleia na AABB, seguida de uma caminhada até o gabinete do prefeito, com ocupação do hall de entrada por alguns instantes e posterior ocupação da Câmara de Vereadores, onde, de acordo com os organizadores do ato, houve impedimento de acesso à Casa Legislativa.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas da Paraíba (Stiupb), Wilton Maia, lamentou a tentativa do prefeito Romero Rodrigues de transformar o serviço público em balcão de negócios, e entregar os serviços públicos da cidade, sobretudo nas área de saúde, educação e de água e esgoto, para a iniciativa privada.
“E não adianta secretário ir para a imprensa dizer que não se trata de privatização, mas é com todas as letras. E isso é um retrocesso, pois o País tem observado um modelo de parceria público-privada que tem surrupiado os cofres públicos. E a corrupção sempre tem sido entre setores privados e políticos e nunca com a participação de servidores públicos”, destacou Wilton Maia.
O presidente do Stiupb denunciou que até para cuidar das ruas da cidade, o prefeito Romero Rodrigues esteja recorrendo a privatização, além de querer entregar os postos de saúde para a iniciativa privada. “Eles já terceirizaram até a iluminação pública, através da empresa Lançar, que está faturando muito com o dinheiro público”, disparou.
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De autoria do Poder Executivo, o projeto que trata sobre a privatização de serviços públicos na cidade de Campina Grande foi protocolado na Câmara no último dia 3, com pedido de urgência para votação.
O projeto autoriza a gestão de Romero a realizar parcerias público-privadas nas áreas de saúde, educação, infraestrutura, informática e internet, além da construção do futuro Centro Administrativo Municipal e da gestão dos serviços de água e esgoto, hoje administrados pela Cagepa.
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