Eliza diz que apresentou PL para reabertura de igrejas, mas não aparece no sistema da Câmara

A vereadora de João Pessoa, Eliza Virgínia afirmou em vídeo publicado nas redes sociais, que protocolou um Projeto de Lei (PL) que propõe a reabertura dos templos religiosos em meio à pandemia de coronavírus. De acordo com o Sistema de Apoio ao Processo Legislativo (SAPL) da Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP), não existe nenhuma proposta relacionada a parlamentar.

No vídeo, a vereadora afirma que a proposta tem como objetivo atender a população religiosa, que está impossibilitada de assistir cultos presenciais devido aos decretos do Governo do Estado e Prefeitura de João Pessoa para evitar aglomerações devido à pandemia e que foram prorrogados até o dia 3 de maio.

Justificando a proposta, Elisa destacou que o funcionamento dos templos terão alguns critérios, como o distanciamento de no mínimo dois metros entre os fiéis, uso de máscaras obrigatório, proibição de pessoas do grupo de risco dentro das igrejas, uso de termômetro digital para medir a temperatura das pessoas e uso de água e sabão e álcool em gel.

“Logicamente, que as igrejas deverão ampliar suas reuniões para não manter todo mundo num momento só e evitar constrangimentos na porta da igreja e mandar todo mundo para fora. Tem que respeitar. Eu tenho certeza que a comunidade evangélica, a comunidade católica vai respeitar porque não vai querer seu templo fechado”, destacou.

De acordo com a parlamentar, a população não deve parar “de uma vez por todas” e afirma que a reabertura das igrejas seria uma forma de “ter saúde mental” durante a quarentena.

“Nós estamos vendo que temos que ir comprar mercadoria dentro do supermercado, temos que ir no banco, tomamos todos os cuidados possíveis, não podemos parar de uma vez por todas. Essa história da Covid está perdurando muito, já durou um mês. O decreto [de confinamento social] já aumentou por mais quinze dias. E nós estamos vendo uma forma que a gente possa ter saúde mental também”, justificou.

A proposta, que ainda não consta no SAPL da Câmara vai contra as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e até o momento, os decretos da gestão estadual e municipal, que proíbem o funcionamento das igrejas para evitar aglomerações estão em vigor. Para suprir a necessidade dos fiéis, os cultos estão acontecendo de forma online em alguns templos.