Eleição 2020 refuta radicais e fortalece partidos liberais, diz Maia

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta segunda-feira (16) que o resultado das eleições municipais deste domingo (15) mostrou o fortalecimento de partidos liberais na economia e com tendência a maior diálogo na sociedade.

Maia deu a declaração ao participar de uma reunião do Conselho Político e Social da Associação Comercial de São Paulo.

Para o presidente da Câmara, houve menor influência das redes no processo eleitoral do que em 2018, o que favoreceu a abertura de espaço “para a política voltar a se colocar no processo eleitoral”.

“Acho que o resultado da eleição mostra sim, claro, um fortalecimento de partidos com espectro mais liberal na economia e de maior diálogo na sociedade em outros temas, sem essa radicalização”, afirmou Maia.

O presidente da Câmara disse ainda que os números do pleito deixaram claro um crescimento do ambiente de maior equilíbrio e interação com a sociedade, e que o primeiro turno deu sinais importantes da preferência do eleitorado.

“Não acho que a influência seja decisiva, que já esteja decidido o impacto de 2022, mas dá um sinal forte de que a sociedade continua querendo renovação, ampliação da participação das mulheres, de minorias, questão que a política precisa entender que é fundamental”, destacou.

Para Maia, no entanto, as decisões que o governo terá de tomar nos próximos seis meses serão ainda mais importantes para um eventual projeto de reeleição em 2022 do que o resultado das eleições municipais deste domingo.

Ele afirmou que o governo vai ter que tomar decisões e “escolher caminhos que não são fáceis”. Maia questionou, por exemplo, se o Executivo vai ter “coragem” de cortar auxílios para servidores e desindexar gastos para que sobre dinheiro para ampliar programas sociais.

“Olhando para 2022, eu penso que tem coisas mais decisivas do que até o próprio resultado eleitoral. Os próximos meses no parlamento para o governo federal terão peso muito maior do que o resultado das eleições de 2020”, afirmou.

“O governo vai precisar falar, não transferir responsabilidades para o legislativo. Sempre de forma harmônica, mas em tese deveria ser conduzindo a pauta”, acrescentou Maia.

Do G1.