Élcio diz que PM executado em 2021 foi intermediário de ordem para Ronnie Lessa matar Marielle

O ex-PM Élcio Queiroz afirmou em delação premiada que o sargento da Polícia Militar Edimilson Oliveira da Silva, conhecido como Macalé e executado em 2021, foi o intermediário entre a “missão” da execução de Marielle e Ronnie Lessa. Não há menção, no entanto, a quem seria o mandante.

Lessa e o próprio Élcio estão presos desde 2019 acusados pelos assassinatos da vereadora e do motorista Anderson Gomes. Os dois vão a júri popular pelos crimes.

Macalé foi executado na Avenida Santa Cruz, em Bangu, Zona Oeste do Rio. Um vídeo mostra quando ele andava com duas gaiolas nas mãos e um carro passa com criminosos fazendo disparos.

Ainda de acordo com Élcio, além de apresentar o “trabalho” para Ronnie, Macalé também ajudou Lessa a desvendar a rotina da vereadora, seguindo e monitorando Marielle meses antes do crime que aconteceu em março de 2018.

“Sim, da vigilância, o Edimilson Macalé esteve presente em todas, inclusive foi através do Edmilson que trouxe, vamos dizer, esse trabalho para eles. Essa missão para eles foi através do Macalé, que chegou até o Ronnie”, disse Élcio de Queiroz em sua delação. 

Executado em Bangu

 

Edimilson Oliveira da Silva, conhecido como Macalé — Foto: Reprodução

Edimilson Oliveira da Silva, conhecido como Macalé — Foto: Reprodução

Apontado como o elo entre Lessa e o mandante do crime, Macalé foi executado em novembro de 2021.

As imagens mostram Macalé caminhando na direção de seu carro, uma BMW de cor branca, quando é abordado por pessoas que estavam em um carro cinza escuro. Ele foi alvo de diversos disparos e morreu no local.

Ronnie Lessa e Élcio Queiroz vão a audiência de custódia — Foto: Reprodução/TV Globo

Ronnie Lessa e Élcio Queiroz vão a audiência de custódia — Foto: Reprodução/TV Globo

Nesta segunda-feira (24), o g1 informou que o ex-PM Élcio Queiroz firmou delação premiada com a Polícia Federal (PF) e com o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) e deu detalhes do atentado contra a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes.

Élcio está preso desde 2019, ao lado do amigo, o ex-policial reformado Ronnie Lessa. Eles serão julgados pelo Tribunal do Júri, mas a sessão ainda não foi marcada.

No depoimento já homologado pela Justiça, Élcio confessou que dirigiu o Cobalt prata usado no ataque e afirmou que Ronnie de fato fez os disparos com uma submetralhadora contra Marielle.

Élcio disse ainda que o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, o Suel, fez campanas para vigiar a vereadora e participaria da emboscada, mas acabou trocado por ele. Do G1.