O deputado Efraim Filho (DEM/PB) disse ao presidente do Banco do Nordeste (BNB), Romildo Carneiro Rolim, em reunião nesta quarta-feira (20), que a sinalização do ministro Paulo Guedes em fazer a fusão do BNB e BNDES repercutiu mal com deputados da região. “A ideia gerou um sentimento de estranheza na bancada. Bolsonaro se elegeu com o discurso de que mudaria o jogo da supremacia eleitoral do PT no Nordeste. Seria um passo atrás nessa estratégia”, declarou Efraim.
De acordo com o parlamentar a fusão dos bancos prejudicaria todo o Nordeste, uma vez que o BNB tem políticas específicas para a região. Conhece suas peculiaridades e o que preciso para o desenvolvimento socioeconômico regional.
Na avaliação de Efraim Filho se o governo decidir levar adiante a fusão, isso pode gerar atrito com a bancada nordestina, que reúne 216 deputados. A reforma da Previdência requer o apoio de 308 deputados em dois turnos para ser aprovada na Câmara. “A ideia inicialmente gera um sentimento de estranheza na bancada”, disse. “Bolsonaro se elegeu com o discurso de que mudaria o jogo da supremacia eleitoral do PT no Nordeste. Seria um passo atrás nessa estratégia”, afirmou Efraim.
Há uma avaliação técnica de que tanto o BNB quanto o Banco da Amazônia (Basa) não deveriam “competir” com o BNDES, já que os dois bancos do governo federal usam como fonte recursos dos fundos oficiais da Sudam e Sudene sem necessidade de remuneração.