O líder do Democratas na Câmara, deputado Efraim Filho (PB) comentou a prisão de executivos do grupo JBS dizendo que já deveria ter acontecido a mais tempo. “Essa turma havia cometido diversos ilícitos e saíram impunes, com um acordo de delação muito camarada”, ressaltou. “Agora, a justiça começa a ser feita!”, afirmou.

O dono do grupo JBS, Joesley Batista; o executivo do grupo, Ricardo Saud; e o ex-procurador Marcelo Miller, tiveram a prisão pedida a pelo Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, depois que áudios vazados mostravam que Batista e seus cúmplices continuavam praticando crimes e não cumpriram sua parte no acordo de delação ao omitir informações. “Como o acordo previa imunidade total, ele agora terá que ser revisto”, destacou Efraim.

O ministro Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no STF, decretou a prisão de Joesley e Saud. Mas negou, no entanto, a prisão do ex-procurador Marcelo Miller por entender que não haviam indícios suficientes contra ele. Ao decretar a prisão, Fachin suspender o acordo de delação até o fim da apuração do caso.

Efraim, assim como outros líderes partidários, já haviam questionado os termos do acordo em uma Proposta de Fiscalização e Controle (PFC). “Desde o início esses benefícios nos pareceram exagerados”, ponderou Efraim. “A sociedade não aceita mais a impunidade”, assegurou. “A Lava Jato, que está passando o Brasil a limpo, é irreversível e vamos lutar para que ela siga fazendo o seu trabalho”, concluiu.