Estão abertas as inscrições para o 14º Fest Aruanda do Audiovisual Brasileiro que esse ano se realizará de 5 a 11 de dezembro na rede Cinépolis (Manaíra Shopping), mais uma vez com patrocínio da Energisa/Usina Cultural e Armazém Paraíba e chancela da Universidade Federal da Paraíba. As inscrições poderão ser feitas até o dia 30 de agosto através do site oficial do festival (www.festaruanda.com.br).
Entre as novidades desta edição está a abertura de inscrições também para longa-metragem (até o ano passado os convites eram feitos diretamente pela organização a diretores/distribuidoras de filmes). Mais duas categorias foram criadas: Curta Universitário de TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) e Filme Publicitário. Estas têm validade apenas para a Paraíba, sendo que a de Filme Publicitário contempla também trabalhos oriundos de disciplinas, por exemplo. Videoclipe é outra categoria nova, aberta a todos os profissionais do meio, independentemente de vinculação com instituição de ensino superior.
Homenageado 2019 – Marcus Vilar
Marcus Vilar, paraibano de Campina Grande, tem formação em Cinema Direto, no Nudoc, em 1982, e na Associação Varan, em Paris, nos anos de 85 e 86. Entre os primeiros trabalhos realizados estão “Os Ratos, os Porcos e os Homens” (17’, 1986), “24 Horas” (15’, 1987), “Sertãomar” (12’,1994) e “À Margem da Luz” (06’,1996), “A Árvore da Miséria” (12’, 1998), “A Canga” (12’, 2001), “O Meio do Mundo (11’, 2005), “O Senhor do Castelo” (72’ 2007), “Duas vezes não se faz” (12’, 2008), “Negócio de menino com menina” (12’, 2011), “Jogo de Olhar” (15’, 2012), “O terceiro velho” (15’, 2013), “Jaguaribe” (50’, 2014) e “Jackson – Na batida do pandeiro” (longa metragem de 2019).
Marcus Vilar também ministra oficinas sobre “O Processo da Realização Cinematográfica”. Vários prêmios conquistados em festivais brasileiros.
Centenário do Cinema PB
A organização do Fest-Aruanda, devidamente consubstanciada e com aval do mais importante pesquisador do cinema paraibano, Wills Leal, tem a honra de anunciar a celebração do Centenário das Atividades Cinematográficas em solo paraibano, capitaneadas que foram por Walfredo Rodriguez em 1919, logo após retornar do Rio de Janeiro, onde fez sua iniciação profissional como cinegrafista e montador na produtora Federal Films.
O ‘primeiro cineasta’, como ele é nomeado em tese de doutorado do prof. Lúcio Vilar (ECA-USP), iniciou neste ano de 1919 a produção de cinejornais, exibidos no Cine Rio Branco Dessas atividades, uma prática comum no período, chamado de ‘cinema silencioso’, e produzidas em película de 35mm, Walfredo Rodriguez migrou para os documentários onde se tornaria conhecido ao longo da década de 1920 com os filmes de longa-metragem ‘Carnaval Paraibano e Pernambucano’ (1923) e ‘Sob o Céu Nordestino’ (1929).
“Uma série de eventos será realizada para celebrar a data que deverá ter a participação de Vladimir Carvalho, Wills Leal, Alex Santos, entre outros que conviveram com Walfredo Rodriguez e que terão seus testemunhos renovados sobre o precursor do cinema com sotaque paraibano e matriz documental no início do século 20”, disse Lúcio Vilar, produtor-executivo do FestAruanda que espera contar com o apoio de todos os segmentos e órgãos .