Economista diz que Paraíba é virtualmente rica por ter reservas naturais

Quem também comemora o crescimento da Paraíba é o economista Heitor Cabral. Na sua avaliação, uma das razões pelas quais a Paraíba vem se destacando na economia nacional é que “apesar de está entre os Estados da Federação considerados mais pobres, nós somos virtualmente ricos, porque temos um tanto de reservas naturais que nos deixa em uma posição privilegiada”.

De acordo com o economista, “somos o segundo fabricante de cimento do país, perdendo apenas para São Paulo, e muito provavelmente com um pouco mais de atenção para este setor, seremos os primeiros da América Latina”.

Ele acredita por conta de recursos naturais que a Paraíba tem a exemplo das reservas de cimento, bentonita e outros minerais. “Este é um dos nossos diferenciais. O único Estado no Nordeste que, eventualmente, pode nos sobrepujar é a Bahia por causa da sua extensão territorial”, apontou.

Comparando aos Estados vizinhos de Pernambuco, Rio Grande do Norte e Ceará, Cabral observou que, o Produto Interno Bruto (PIB) Industrial da Paraíba tem crescido consideravelmente em dois segmentos: na fabricação de cimento e no setor de calçados. “Nós somos o segundo maior produtor de calçado do país devido à mão de obra barata”.

De acordo com o Sebrae, o Polo Calçadista da Paraíba é hoje um dos setores mais importantes da economia paraibana, gerando em torno de 15 mil empregos diretos, nas 170 empresas formais existentes. A Paraíba se mantém em segundo lugar no país em exportação de calçados, atrás apenas do Estado do Ceará.

Heitor Cabral ressaltou também o setor de mineração e de serviços de mão de obra na Paraíba fazem a diferença e vêm se destacando no país, apesar do seu tamanho. Mas o economista disse que para a Paraíba se manter nesse patamar é preciso investir mais em conhecimentos de infraestrutura, não apenas em dinheiro. “A nossa região semiárida é muito rica e com potencial gigantesco, mas precisamos explorar os recursos naturais e esses recursos naturais são basicamente e fundamentalmente minerais”, avaliou.

Com informações do Jornal A União