Dono da Vai de Bet tem quase R$ 200 milhões bloqueados pela Justiça

Ação, desencadeada na última quarta-feira (4) pela Polícia Civil de Pernambuco, é a mesma que resultou na prisão da influenciadora digital e advogada Deolane Bezerra

Foto: Reprodução/Redes Sociais

O empresário paraibano, dono da Vai de Bet, José André da Rocha Neto teve cerca de R$ 200 milhões bloqueados pela Justiça como parte de uma operação que investiga um esquema de lavagem de dinheiro relacionado a apostas ilegais no Brasil.

A ação, desencadeada na última quarta-feira (4) pela Polícia Civil de Pernambuco, é a mesma que resultou na prisão da influenciadora digital e advogada Deolane Bezerra. No total, 53 pessoas, incluindo indivíduos e empresas, estão sob investigação.

As informações detalhadas sobre o caso foram reveladas no domingo (8) pelo programa Fantástico, que teve acesso aos autos do processo. As investigações começaram com suspeitas de lavagem de dinheiro envolvendo a empresa Esportes da Sorte, mas acabaram expandindo para outros alvos, incluindo Rocha Neto. A suspeita é de que o esquema usava apostas para lavar dinheiro de origem ilícita.

Bloqueio de R$ 195 Milhões

Do montante bloqueado, R$ 35 milhões pertencem a contas pessoais de José André da Rocha Neto, enquanto R$ 160 milhões estão vinculados a contas de empresas controladas por ele. O total bloqueado chega a R$ 195 milhões.

O empresário, natural de Campina Grande, é dono de várias empresas, incluindo a casa de apostas Vai de Bet. Embora tenha tido sua prisão preventiva decretada, ele não foi preso porque, no momento da operação, estava em viagem pela Grécia, sendo agora considerado foragido pela Justiça.

Investigação e compra de aeronave

Segundo a Polícia Civil de Pernambuco, um dos esquemas de lavagem de dinheiro envolvendo o empresário inclui a compra de uma aeronave que originalmente pertencia à empresa Balada Eventos e Produções, de propriedade do cantor sertanejo Gusttavo Lima. A compra foi realizada em nome da JMJ Participações, outra empresa controlada por Rocha Neto.

Em sua defesa, o empresário paraibano nega qualquer irregularidade. Sua equipe jurídica afirmou ao Fantástico que “não há qualquer indício de sua participação em atos ilícitos e que seu patrimônio é declarado e regular”.

A defesa de Gusttavo Lima também se manifestou, informando que a Balada Eventos vendeu o avião para uma das empresas investigadas, mas que a operação seguiu todas as normas legais. Além disso, esclareceu que o cantor mantém contrato de uso de imagem com a marca Vai de Bet, mas que nem ele nem sua empresa estão envolvidos em qualquer organização criminosa.

Defesa de Deolane Bezerra

Já a defesa de Deolane Bezerra declarou confiança na Justiça e segue trabalhando para restabelecer sua liberdade, afirmando estar convicta de que a inocência da influenciadora será provada.