Dólar vira e passa a cair, de olho em julgamento do impeachment

O dólar virou a passou a recuar nesta segunda-feira (29), em mais um dia de julgamento do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff, e após discursos na sexta-feira (26) de autoridades do Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, alimentarem expectativas sobre os juros no país.

Às 11h29, a moeda norte americana caía 0,53%, vendida a R$ 3,2546 Veja a cotação do dólar hoje.

Acompanhe a cotação ao longo do dia:
Às 9h10, alta de 0,37%, a R$ 3,284
Às 9h50, alta de 0,13%, a R$ 3,2762
Às 10h39, queda de 0,08%, a R$ 3,2692

Segundo a Reuters, investidores estão evitando fazer grandes apostas antes dos dados de emprego nos Estados Unidos de sexta-feira, que podem dar pistas sobre o rumo dos juros no país, e do desfecho do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff.

“A cautela predomina porque é uma semana de eventos muito importantes”, disse à agência o operador da corretora Spinelli José Carlos Amado.

Impeachment
Nesta segunda, o processo de impeachment de Dilma dá seus últimos passos com a defesa pessoal da própria presidente no Senado. Segundo a Reuters, operadores dão como certa a confirmação de seu afastamento definitivo, mas esperavam um sinal de força política de Michel Temer que comprove que será capaz de angariar apoio no Congresso Nacional a medidas de ajuste fiscal, após enfrentar dificuldades para fazê-lo enquanto presidente interino.

“Daqui para frente, ou vai ou racha”, disse o operador de uma corretora nacional.

Por isso, o volume de negócios era baixo, deixando as cotações sensíveis a operações pontuais

Juros nos EUA
O mercado segue atento a pistas sobre o rumo dos juros nos EUA. Com taxas mais altas por lá, seriam atraídos para o país recursos aplicados atualmente em outros mercados, motivando assim uma tendência de alta do dólar em relação a moedas como o real.

Em discurso na sexta-feira, a presidente do Federal Reserve (Fed), Janet Yellen, afirmou que aumentaram as razões para subir os juros, mas evitou sinalizar um aumento iminente na taxa. Em um primeiro momento, segundo a agência Reuters, os mercados financeiros haviam interpretado que Yellen deu sinais de que os juros não subiriam tão cedo nos Estados Unidos. Mas, em seguida, comentários do vice-presidente do Fed, Stanley Fischer, levaram os investidores a apostar que o BC dos EUA pode elevar os juros antes do final deste ano.

Informações do G1.