O dólar passou a subir nesta sexta-feira (1º), em sessão instável, em dia marcado pela volta da interferência do Banco Central no câmbio após vários dias de ausência.
Às 12h20, a moeda subia 0,95%, a R$ 3,2434 na venda. Veja a cotação do dólar hoje.
Acompanhe a cotação ao longo do dia:
Às 9h09, alta de 0,35%, a R$ 3,2244
Às 9h29, alta de 0,14%, a R$ 3,2177
Às 9h49, queda de 0,04%, a R$ 3,2119
Às 10h, queda de 0,32%, a R$ 3,2029
Às 10h49, queda de 0,2%, a R$ 3,207
Às 10h59, alta de 0,17%, a R$ 3,2188
Às 11h30, alta de 0,46%, a R$ 3,2280
Às 11h49, alta de 0,64%, a R$ 3,2340
A intervenção do BC veio após o dólar encostar em R$ 3,20 pela primeira vez em quase um ano na sessão passada.
Banco Central volta a interver
O BC anunciou leilão de até 10 mil swaps reversos, que equivalem a compra futura de dólares – movimento que tende a elevar a taxa de câmbio. Toda a oferta foi vendida. Foi a primeira operação desse tipo em mais de um mês e também a primeira desde a chegada de Ilan Goldfajn à presidência do BC.
O BC não fazia leilão de swap reverso desde 18 de maio, segundo a Reuters, o que gerou entre investidores a percepção de que Ilan estaria mais disposto a tolerar cotações mais baixas do que seu antecessor, Alexandre Tombini.
A operação da sessão equivaleu a compra futura de US$ 500 milhões, segundo a Reuters. Com isso, o estoque de swaps tradicionais do BC, que correspondem à venda futura de dólares, cai para o equivalente a cerca de US$ 61,6 bilhões. O estoque girou acima de US$ 100 bilhões ao longo de quase todo o ano passado.
Mercado vê ação discreta
Em entrevista ao G1, o economista e diretor da NGO Sidnei Moura Nehme disse que a ação do BC foi reduzida. “O BC resolveu sair da toca, mas saiu muito discretamente”,
“Um leilão de swap reverso tem um efeito de compra no mercado e, a rigor, esse tipo de operação impacta elevando a taxa de câmbio. Só que o BC tem um estoque muito grande e está fazendo um valor muito pequeno, acho que mais para dar uma satisfação do que para intervir e mudar a taxa de câmbio”, diz Nehme.
À Reuters, operadores disseram que a oferta pequena de contratos levou ao entendimento de que o BC quer apenas moderar o ritmo do recuo da divisa, e não defender algum patamar específico.
“É uma oferta pequena, mas sinaliza que esse dólar em uma só direção incomoda. Acho que o recado do BC é: estou de olho, repensem um pouco esse movimento”, disse à agência o operador da corretora Renascença Thiago Castellan Castro.
Ilan Goldfajn, novo presidente do BC, já afirmou que o banco pode usar as ferramentas cambiais “com parcimônia” e reduzir a exposição cambial do BC em momentos considerados adequados.
Segundo a Reuters, nos mercados internacionais o dólar recuava em relação às principais moedas da América Latina ao fim de uma semana marcada por fortes altos e baixos. As preocupações com a opção do Reino Unido por deixar a União Europeia cederam lugar para expectativas de estímulos monetários no resto do mundo para evitar turbulências financeiras.
Os mercados norte-americanos não abrirão na segunda-feira devido ao feriado do Dia da Independência.
Queda de 18% no 1º semestre
As informações são do G1.