Dirigentes do Botafogo-PB agridem profissionais da imprensa no Almeidão; assista

Vice de futebol e conselheiro benemérito, além de pessoas ligadas a eles, protagonizaram ataques a jornalistas após vitoria na semi

Dirigentes do Botafogo-PB agrediram profissionais da imprensa na noite deste sábado, no Estádio Almeidão, logo após o Belo vencer o Sousa por 1 a 0 no jogo de ida de uma das semifinais do Campeonato Paraibano 2023.

Afonso Guedes — que é vice de futebol botafoguense — e o empresário Breno Morais— ex-dirigente do clube e que participa ativamente do dia a dia na Maravilha do Contorno — se excederam em suas críticas ao repórter Fábio Hermano e ao comentarista Pedro Alves, que cobriam o jogo pela Rádio CBN, e a Elialdo Silva, coordenador de esportes da Rádio Pop e presidente da Associação Paraibana dos Cronistas Esportivos (APBCE), e que também trabalhava na cobertura da partida.

As agressões aconteceram na área reservada à imprensa no Almeidão, pouco após o fim do jogo. Breno Morais agrediu verbalmente os profissionais da imprensa, com gritos e palavrões, acusando-os de mentirosos e de, intencionalmente, serem responsáveis por tumultuar o ambiente no Botafogo-PB. Com essa atitude, o ex-dirigente, inclusive, atrapalhou o trabalho dos jornalistas, que estavam ainda em atividade no momento, com suas respectivas  transmissões no ar.

Por outro lado, Afonso Guedes partiu para cima de Fábio Hermano, numa aparente tentativa de agredi-lo fisicamente, mas foi contido por outros profissionais de imprensa que estavam no local.

Após o tumulto e restabelecida a ordem, Fábio Hermano, mais calmo, deu a sua versão sobre os fatos. Ao vivo, em contato com Tiago Loureiro, que, do estúdio da CBN, participava da transmissão, Fábio explicou como se deu a tentativa de Breno de cercear o seu trabalho.

“Breno Morais começou a me questionar sobre um comentário que eu fiz antes do jogo. O comentário foi que Léo Campos (lateral-esquerdo) como titular seria arriscado pelo lado direito forte de ataque do Treze (quis dizer “Sousa”). Foi um comentário simplesmente técnico. Ele falou que os meus comentários atrapalham o ambiente, que eu sou um mentiroso, me xingou de vários nomes, aí chegou segurança do Botafogo-PB tomando meu microfone, desligando… lamentável”.

O repórter da CBN ainda revelou que foi proibido de ter acesso à Maravilha do Contorno, sede do Botafogo-PB, e de participar das entrevistas coletivas do clube. E completou, descrevendo a atitude de Afonso Guedes:

“Tiveram pessoas querendo me agredir. Não sei quem era, se era o filho do Breno. O Afonso Guedes também quis me agredir. Lamentável essa atitude do Botafogo-PB. Lamento muito pelo Alexandre (Cavalcanti, presidente do Botafogo-PB), que é um cara que a gente sabe que é sério, mas está cercado de acéfalos, pessoas completamente ignorantes, que não sabem dialogar, obviamente, e que quiseram tumultuar”, finalizou.

Já Pedro Alves estava na cabine reservada à CBN quando ouviu os gritos de Breno no corredor. Quando saiu para ver o que estava acontecendo, foi atacado verbalmente.

Assista

Do Jornal da Paraíba