Diretor do Trauma cobra da PMCG devolução de aparelhos emprestados

O diretor do Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande, Geraldo Medeiros, cobrou, na manhã desta quinta-feira (13), a devolução de aparelhos médicos que, segundo ele, estão emprestados ao Hospital Pedro I, que foi municipalizado pela gestão do prefeito Romero Rodrigues (PSDB). A cobrança foi feita durante entrevista a um programa de rádio da cidade.

Segundo o médico, o centro cirúrgico do Pedro I tem mais de 70 anos e não está realizando cirurgias torácicas por falta de condições. Devido a isso, pacientes oriundos do hospital municipal estão se encaminhando para o Trauma em busca do serviço.

“O Trauma dispõe de vários equipamentos médicos que dão suporte ao centro cirúrgico do Pedro I, senão ele não estaria funcionado. Inclusive, existe um TAC para que esses aparelhos sejam devolvidos e ele não foi cumprido há mais de 1 ano”, disse Medeiros.

O diretor do Trauma ainda denunciou que o centro cirúrgico do Pedro I é “obsoleto” e precisa de uma reforma. Ele afirmou que existe uma “fila da morte” de cerca de 80 pacientes à espera de uma cirurgia torácica no hospital.

Sobre a devolução dos aparelhos ao Trauma, Geraldo Medeiros disse que a secretária de Saúde do município, Luzia Pinto, está ciente do problema e que várias mensagens já foram enviadas para ela sobre a questão.

O outro lado

O prefeito Romero Rodrigues PSDB rebateu horas depois as declarações do diretor do Hospital de Trauma de Campina. “Querem politizar a situação da saúde. Acho isso um equívoco. Apesar de todo o carinho que tenho ao Dr. Geraldo, mas isso não é um assunto para estar fazendo ‘bate-boca’ em rádio”, disse.

“Acho que tem problemas mais importantes para ele cuidar. Se temos problemas na cirurgia, por que elas não são realizadas no Trauma? Ninguém está proibindo isso”, acrescentou Romero.

O prefeito afirmou que está tentando viabilizar, junto com a secretaria municipal e o Ministério da Saúde, o aumento do teto das cirurgias no hospital da FAP, para diminuir a fila de espera. “Agora, ao invés de brigar, vamos se unir para resolver o problema da saúde. Temos que nos unir, dar as mãos”, observou. As informações são do Paraibaonline.