Dinheiro da repatriação some dos cofres públicos de Conde, revela Márcia Lucena

A primeira parcela da repatriação, no valor de R$ 1,3 milhão, dinheiro que estava irregularmente no exterior e retornou por força de uma nova legislação para ser também distribuído com os municípios, simplesmente sumiu da conta do município  de Conde. A revelação é da prefeita Márcia Lucena e foi  feita na tarde desta quarta-feira (8) durante o programa “Fala Paraíba”, da Rádio Tabajara.

A prefeita disse também que os recursos foram depositados ainda no mês de dezembro, antes da posse, e que na oportunidade ela fez um alerta, principalmente à população do município, que já estava com os serviços de saúde fechados, para que atentassem para o montante dos recursos que seriam suficientes para pagar salários, inclusive o 13º.

Isso, no entanto, não aconteceu. Ao assumir, a prefeita não teve acesso aos recursos porque eles simplesmente não existiam mais na conta do município. Para onde o dinheiro, mais de R$ 1 milhão, foi levado não se tem notícia.

Sobre o decreto de emergência, que  teve os efeitos suspensos por medida cautelar do Tribunal de Contas do Estado, a prefeita Márcia Lucena, que ainda não recebeu a citação oficial, disse que “o que havia realmente em Conde era uma situação de calamidade. Houve uma catástrofe no município”.

Ela rebate os argumentos de que havia dinheiro em caixa num montante suficiente para comprar remédios e fazer a coleta sem precisar do decreto informando que “a parcela do Fundo de Participação do Município depositada no banco foi imediatamente reduzida devido a débitos anteriores do município. O banco retira a parcela da dívida, que não é pequena, assim que o dinheiro  é depositado”.  Os recursos, portanto, foram retidos antes que a nova gestão pudesse fazer qualquer destinação.