Dilma discute com petistas soluções a projeto de correção do IR

A presidenta Dilma Rousseff se reuniu na noite de hoje (10) com líderes petistas, no Palácio da Alvorada. Além do presidente nacional do PT, Rui Falcão, participaram do encontro ministros e parlamentares correligionários da presidenta. Na pauta, as medidas de ajuste fiscal que o governo está promovendo e as negociações em torno do índice de correção na Tabela do Imposto de Renda (IR).

Durante pouco mais de duas horas, Dilma conversou com os ministros da Casa Civil, Aloizio Mercadante, da Justiça, José Eduardo Cardozo, das Comunicações, Ricardo Berzoini, da Secretaria-Geral da Presidência, Miguel Rossetto, e da Secretaria de Relações Institucionais, Pepe Vargas. Os senadores Humberto Costa (PE), líder do governo no Senado, e José Pimentel (CE), líder do governo no Congresso, e os deputados Sibá Machado (AC), líder do PT na Câmara, e José Guimarães (CE), líder do governo na Câmara, também estiveram presentes.

De acordo com José Guimarães, a reunião objetivou discutir a necessidade de o PT apoiar as medidas de ajuste. “A minha opinião, como líder do governo, é que nessa hora é fundamental o PT apoiar o governo. Em todas as dimensões. Claro, dialogando, como estamos fazendo, buscando entendimento”.

Ao sair do Alvorada, o líder disse que os líderes do governo estão ouvindo as sugestões e que ainda não há nada definido sobre a tabela do Imposto de Renda, mas estão em processo de discussão com os presidentes da Câmara e do Senado. “[A palavra de ordem] é diálogo, diálogo, diálogo. Conversar, e votarmos o ajuste. O país precisa do ajuste, negociando com as duas Casas, pelo bem do Brasil, para restabelecer a governabilidade”.

Mais cedo, o ministro Pepe Vargas declarou que o governo vai trabalhar com uma proposta consensual sobre a correção na tabela do IR, evitando assim que o Congresso derrube o veto da presidenta ao projeto que estabelece o índice em 6,5%. José Guimarães classificou a reunião como de “alto nível”, com o objetivo de retomar o diálogo. “O país não pode ficar sem construir a sua agenda que tem relação com o Congresso”, disse.