‘Dia triste para João Pessoa’, diz vereador após fracasso de público das Muriçocas

“Dia triste para João Pessoa. O que fizeram com as Muriçoas do Miramar? Eu cresci vendo a minha família, os meus amigos e a minha cidade, desde a segunda-feira, se organizando e se preparando para a Quarta-feira de Fogo. Hoje, lamentavelmente, assisti, com tristeza e melancolia, o desfile de um bloco que parece ter sofrido queimaduras em plena Quarta-feira de fogo”, afirmou o vereador Bruno Farias (PPS), em suas redes sociais, na noite desta quarta-feira.

 

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Dia triste para João Pessoa…???…O que fizeram com as Muriçocas do Miramar? Eu cresci vendo a minha família, os meus amigos e a minha cidade, desde a segunda-feira, se organizando e se preparando para a Quarta-feira de Fogo. Hoje, lamentavelmente, assisti, com tristeza e melancolia, o desfile de um bloco que parece ter sofrido queimaduras em plena Quarta-feira de fogo. As Muriçocas não pertencem a fulano nem a beltrano. As Muriçocas não têm dono. As Muriçocas são patrimônio imaterial de nosso povo. O maior Bloco de Arrasto do País nas prévias carnavalescas DEVE SER MAIOR do que a fogueira das vaidades, DEVE SER MAIOR do que interesses econômicos e DEVE SER MAIOR do que a fissura das relações pessoais. É preciso, em respeito ao nosso povo, repensar as Muriçocas e reavaliar todo o modelo do Folia de Rua, que é – e continuará sendo – uma grande conquista do movimento cultural de nossa cidade. Mas a reoxigenação é essencial. As festas populares, de modo geral, têm que passar por uma transformação. E a primeira delas é a AUTOSSUSTENTABILIDADE. Com níveis cada vez mais exigentes de fiscalização da sociedade na aplicação dos recursos públicos, o único, sadio e transparente caminho é a autossustentabilidade dessas manifestações culturais. É a parceira público-privada motivada pelo envolvimento da sociedade. Só assim, com independência financeira, planejamento estratégico, marketing, publicidade, criatividade e participação das pessoas que as festas populares conseguirão preservar as conquistas e alcançar novos avanços. Aproveitemos essa reflexão para repensar as nossas prévias e resgatar o nosso carnaval!!!

Uma publicação compartilhada por Bruno Farias (@brunofarias_jp) em 27 de Fev, 2019 às 5:19 PST

O bloco, que já foi considerado o segundo maior de arrasto do Brasil, reuniu poucos foliões este ano. A principal atração da noite foi a cantora Elba Ramalho.

O vereador licenciado e secretário do Procon Municipal, Helton Renê, também se manifestou nas redes sociais sobre o bloco. “Parabéns aos organizadores do bloco Muriçocas… Inventaram muita moda e deu no que deu!!”, disse.

 

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“Parabéns” aos organizadores do bloco muriçocas… Inventaram muita moda e deu no que deu!!!! Um mistura de incompetência , devaneio e arrogância em pensar que as pessoas não iriam dar o recado! A prefeitura fez a sua parte, deu toda assistência, porém a loucura de quem viajou na maionese em dividir todo o evento, foi um dos fatores que trouxeram essa “maravilha”, afora a violência gratuita que está sem limites! Apostaram errado, viu? Muito errado! Transformaram um evento que tinha um apelo popular fantástico, um dos maiores blocos de arrasto do País em um passeio medíocre de Ala Ursa!!! Economia criativa, né? “Cey”…

Uma publicação compartilhada por Helton Rene (@heltonrene) em 27 de Fev, 2019 às 6:46 PST

Mudanças

Na última segunda-feira (25), o fundador do Muriçocas do Miramar, Flávio Eduardo (Fuba), anunciou que os dois únicos trios eleétricos que seriam usados na festa fariam um percurso inverso, subindo a orla pela Avenida Epitácio Pessoa. Os organizadores, no entanto, tiveram que voltar atrás após reunião com a Funjope, por questões de segurança.

De acordo com Fuba, as mudanças no formato e no tamanho do bloco este ano aconteceram por conta da falta de patrocinadores. Segundo ele, o bloco perdeu três apoios que eram dados como certos.