Em meio ao concreto e ao trânsito acelerado das cidades, existe um movimento que vem redesenhando não apenas o visual dos centros urbanos, mas também as relações entre seus moradores e pedestres: a gentileza urbana. O conceito propõe uma cultura de empatia e interação que tem o potencial de se transformar em tendência em João Pessoa.
Em muitos casos, a gentileza urbana surge de iniciativas pontuais que entendem a importância de criar áreas de convívio mais amigáveis e funcionais para toda a vizinhança. São práticas que se refletem em ações tão diversas quanto bancos compartilhados, passagens arborizadas e arte pública, capazes de promover um novo olhar sobre os espaços de uso coletivo.
Na semana do Dia do Urbanismo, empreendimentos do setor privado vêm percebendo cada vez mais as vantagens desse movimento e entendendo sua responsabilidade com a melhoria da cidade. É o caso do Eco Aeropark, primeiro condomínio de alto padrão da Eco Construtora no Aeroclube, que já prevê a cessão de parte de seu lote para intervenções de gentileza urbana de uso coletivo.
“Em uma das esquinas do condomínio, estamos criando uma praça para uso comum, com bicicletário, bancos compartilhados e com muito sombreamento por arborização. Ao ceder parte do terreno do empreendimento para a rua, estamos embelezando e trazendo mais vitalidade para a região”, exemplifica Bruna Lago, arquiteta e urbanista responsável pelo paisagismo do Eco Aeropark.
A presença desses pequenos detalhes visa acolher o pedestre – como áreas de descanso, sombra e espaços para ciclistas – e colabora para uma cidade mais acessível e agradável, estimulando interações e proporcionando um respiro na rotina. Esses gestos de gentileza ajudam a estabelecer uma rede de respeito e harmonia, valorizando o espaço público e fomentando o sentimento de pertencimento nas comunidades.
“Os projetos contemporâneos precisam se preocupar não só com a visão de dentro para fora, mas de fora para dentro também. E pensar em soluções mais amigáveis, com calçadas integradas, que sejam acessíveis, que a gente consiga incentivar que as pessoas andem mais de bicicleta, que andem mais a pé em segurança”, acrescenta a profissional do Estúdio Lago.
Esses tipos de intervenções geram um impacto que alcança vários âmbitos do urbanismo e que contribui para que os moradores da região possam resolver suas questões cotidianas dispensando o uso de veículos poluentes e adotando uma alternativa sustentável.
“A localização do Eco Aeropark é especialmente privilegiada para esse tipo de ação de gentileza urbana. Instalado próximo ao futuro Parque da Cidade, o condomínio vai conectar vários pontos de comércio, lazer e serviços importantes das proximidades. O projeto foi pensado desde o início como um empreendimento que vai ser um marco nesse novo momento do bairro, que vai se integrar com o contexto urbano”, afirma Carlos Feitosa, sócio na Eco Construtora.
Iniciativas como a do Eco Aeropark buscam se integrar com a cidade, algo incomum a um prédio de alto padrão com 32 andares. Isso se reflete também dentro do empreendimento, que vai contar no térreo com 10 lojas comerciais, aproximando-se ainda mais do convívio público.
“A gente sabe que, apesar do empreendimento ser privado, a gente tem que dialogar com o público de uma forma agregadora e segura. E isso não é enriquecedor só para o Eco Aeropark, mas para a cidade como um todo. Gentileza urbana é uma ação de cidadania, uma gentileza com os outros e com nós mesmos”, complementa Feitosa.