Descubra a história por trás de 5 crenças populares

As crenças e superstições populares fazem parte do dia a dia das pessoas. Evitar passar de baixo de uma escada, não engolir chiclete ou prevenir que o chinelo fique virado de cabeça para baixo. Desde pequeno, todo mundo acaba aprendendo essas crenças, perpetuando elas por gerações.

Mas afinal, qual é a história de origem dessas crenças? Você conhece elas? Para matar a sua curiosidade, o texto abaixo explica a origem de cinco delas.

A sua orelha esquenta quando falam mal de você

Será que se suas orelhas estiverem mais quentes, é sinal de que alguém está falando mal de você em algum lugar? Essa é uma crença antiga, que ninguém sabe de onde exatamente surgiu. Entretanto, desde o século I, já tentavam entender essa origem. O historiador romano Plínio, o Velho, procurou uma explicação e acredita que essa crença estaria ligada à ideia que havia na época de que o ar teria uma espécie de “mercúrio universal”, uma substância que permitiria a passagem de energia entre pessoas.

Dessa forma, quando alguém falava de você, mesmo há quilômetros de distância, as palavras acabavam chegando aos seus ouvidos. Curiosamente, essa crença acabou criando outra. O “contra-ataque” das orelhas quentes era dar uma leve mordida no dedo mindinho da mão esquerda, algo que faria o fofoqueiro morder a própria língua.

Gato preto dá azar

Essa é uma crença popular que inclusive é prejudicial nos dias atuais, já que muitos ainda acreditam nela e, por isso, acabam maltratando esses animais. Mas a origem dessa ideia surgiu na Europa medieval, quando os gatos, principalmente os pretos, eram associados à feitiçaria e forças ocultas, sobretudo pelos seus hábitos notívagos.

 

Ainda tinham muitos que acreditavam que eles eram o disfarce de bruxas, o que justificaria os seus passeios noturnos. Para se ter uma ideia, no século XV, o Papa Inocêncio VIII colocou esses gatos na lista dos perseguidos pela Inquisição, reforçando ainda mais esse estigma negativo dos felinos.

Bater na madeira

Uma crença bem conhecida sobre como espantar o azar é o costume de dar três pancadinhas na madeira. Esse hábito já se fazia presente em povos antigos, como os índios que viviam nas Américas. A origem dele é que se acreditava que as árvores eram a morada dos deuses. Dessa forma, sempre que algo os afligia, como o sentimento de culpa, os homens costumavam bater no tronco para pedir perdão.

Essa crença pode ter ainda outra possível origem, ligada aos Druidas, que eram os sacerdotes celtas. Eles costumavam bater na madeira para afugentar os maus espíritos, uma vez que as árvores tinham o poder de mandar os demônios de volta às profundezas.

Chinelo virado para baixo resulta a morte da mãe

Quem já não correu para desvirar o chinelo e assim, “salvar” a vida da sua mãe? Contudo, essa crença surgiu com um motivo bem menos nobre: evitar a sujeira. Essa história apareceu no Brasil nos anos de 1960, quando muitas casas ainda não tinham pisos no chão. Assim, o chinelo era utilizado, principalmente, para evitar que os pés ficassem sujos por causa do contato com o chão sem proteção.

Portanto, deixar ele virado para baixo acabava sujando o calçado e, consequentemente, também sujava o pé quando ele era utilizado. A solução para evitar esse problema foi criar essa superstição, incentivando as crianças a guardarem os chinelos da maneira certa.

Traz azar ver a noiva antes do casamento

Praticamente todo mundo conhece alguém que fala que ver a noiva antes do casamento é sinônimo de azar. Apesar de não ter uma data exata para sua origem, acredita-se que essa superstição apareceu em um momento bem diferente do atual, quando boa parte dos casamentos aconteciam não por amor, mas por outros interesses, como políticos ou comerciais.

Assim, em boa parte dos casos, os noivos nem mesmo se conheciam antes do casamento arranjado. E era normal que a família da noiva escondesse ela para evitar a constrangedora situação do noivo vê-la antes da cerimônia, não gostar da noiva e decidir fugir – prejudicando todos.