Deputados paraibanos continuam ofensivas ao STF após carta de Bolsonaro

Em texto intitulado "Declaração à Nação", o presidente afirmou que nunca teve "intenção de agredir quaisquer dos poderes"

Os deputados paraibanos Cabo Gilberto Silva e Walber Virgolino, usaram as redes sociais para comentar a nota oficial em tom conciliador divulgada pelo presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido) na quinta-feira (9).

No Twitter, Cabo Gilberto manteve os ataques ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmando que ele “continua sendo o ministro do STF que rasgou a constituição, prendeu ilegalmente várias pessoas”.

Ele pediu para que os conservadores patriotas da Paraíba e do Brasil não se desmotivem com a nota do presidente, pois “ele está lutando contra todo um sistema corrupto enraizado há décadas no nosso país praticamente sozinho”.

Já Walber Virgolino usou a plataforma para pedir calma aos eleitores. “Já assisti essa cena de abatimento, fraqueza e frustração quando o ex Ministro Sérgio Moro deixou o governo”, publicou.

O parlamentar ainda usou ironia ao citar o ministro do STF. “Alexandre de Moraes bate pino para as manifestações de 7 de SETEMBRO e pede “penico” ao presidente @jairbolsonaro”, afirmou.

Em texto intitulado “Declaração à Nação”, o presidente afirmou que nunca teve “intenção de agredir quaisquer dos poderes”. Conforme o texto, “as pessoas que exercem o poder não têm o direito de ‘esticar a corda’, a ponto de prejudicar a vida dos brasileiros e sua economia”.

Em ato político na última terça-feira (7), em São Paulo, Bolsonaro afirmou que não mais cumpriria decisões de Moraes.

“Dizer a vocês que, qualquer decisão do senhor Alexandre de Moraes, este presidente não mais cumprirá. A paciência do nosso povo já se esgotou, ele tem tempo ainda de pedir o seu boné e ir cuidar da sua vida. Ele, para nós, não existe mais”, declarou Bolsonaro a um público de apoiadores. O presidente da República chegou a fazer uma ameaça ao presidente do STF, ministro Luiz Fux: “Ou o chefe desse poder enquadra o seu [Alexandre de Moraes] ou esse poder pode sofrer aquilo que nós não queremos”.