Deputados da PB silenciam após Bolsonaro tirar R$ 83 milhões do Bolsa Família e por na Comunicação

Bastante presente nas redes sociais comentando sobre diversos temas e defendendo Bolsonaro, Cabo Gilberto e Wallber Virgolino não se pronunciaram até agora sobre o assunto

Uma portaria publicada nesta quinta-feira (4), no Diário Oficial da União, suspende o repasse de R$ 83 milhões ao programa Bolsa Família e destina os valores para a comunicação institucional do governo federal. De acordo com o texto da medida, a suspensão da verba atinge diretamente famílias de baixa renda do Nordeste. O silêncio de deputados bolsonaristas da Paraíba sobre o assunto impera.

A decisão é assinada pelo Secretário Especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues Júnior. A medida, que ocorre em meio a pandemia de coronavírus, atinge diretamente pessoas mais pobres, que precisam dos recursos destinados a transferência de renda.

Veja documento

Bastante presente nas redes sociais e comentando sobre diversos temas – que envolvem também a política nacional e a defesa do governo Bolsonaro -, dois deputados estaduais da Paraíba, ferrenhos bolsonaristas, não se pronunciaram até agora sobre o assunto. Cabo Gilberto (PSL) e Wallber Virgolino (Patriota) não teceram nenhum tipo de comentário sobre a retirada de um auxílio imprescindível para milhares de famílias, incluindo muitas paraibanas, para seu sustento durante a pandemia.

O governo oferece, em meio a diversos problemas de avaliação e de pagamentos, um auxílio emergencial de R$ 600. No entanto, essa ajuda é temporária, e deve ser prorrogada por apenas dois meses, com valores reduzidos. A transferência de recursos do Bolsa Família para à Presidência da República ocorrem em meio a acusações de que o governo Bolsonaro atua para prejudicar moradores carentes do Nordeste.

Uma decisão do ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), tomada em março deste ano, determina que o governo suspensa cortes do Bolsa Família no Nordeste e distribua os recursos de forma igualitária para todas as regiões do país.

O caso foi parar no Supremo após denúncias de que o Executivo só distribuiu 3% dos recursos destinados a novos pagamentos do programa para famílias nordestinas, e concentrou no Sudeste, região onde o presidente Jair Bolsonaro teve maior número de votos nas últimas eleições.