Deputado paraibano diz que STF proibiu vaquejada sem debater o assunto

O deputado federal Hugo Motta (PMDB) usou suas redes sociais para se pronunciar sobre a proibição da vaquejada. Para ele, é necessário um amplo debate sobre o assunto. O parlamentar ressalta que a polêmica decisão do Supremo Tribunal Federal que considerou inconstitucional a prática do esporte não levou em consideração o aspecto cultural e econômico, principalmente no Nordeste, mas também garantir mecanismos para proteger os animais que são utilizados nesses eventos.

“Precisamos levantar esse debate pensando em todos os aspectos culturais que permeiam a realização dessa atividade. É importante compreender que ela é um evento regional e cultural, é uma forma de representação da vida do nordestino”, destacou.

O deputado realçou ainda que se faz urgente levar em consideração que, do ponto de vista econômico, a inconstitucionalidade trará prejuízos aos que a tem como esporte, já que é uma prática genuinamente nordestina e que gera mais de 600 mil empregos diretos e indiretos, fortalecendo a economia e o turismo de eventos.

“Paralelamente às vaquejadas, acontecem vários eventos, a exemplo de leilões, que fortalecem o agronegócio e incentivam o aprimoramento genético das espécies, e os shows musicais, dando possibilidade aos grandes e pequenos artistas de exporem sua arte”, lembrou.

Por tanto, o parlamentar defende que se criem mecanismos para proteger os animais que são utilizados nesses eventos, a exemplo dos revestimentos para a cauda, a não utilização de chicotes, esporas e qualquer outro objeto que venha a agredi-los, bem como a utilização de animais doentes.

“Sabemos que há muita informalidade na realização das vaquejadas nos interiores de alguns estados e que isso provoca vários ferimentos nos cavalos e nos bovinos, e maus-tratos não podem, de fato, ser admitidos”.

O peemedebista acredita que o debate deve ser feito de maneira séria e que se encontre um denominador comum para essa questão. “Não podemos ferir os animais, do mesmo modo que não podemos apagar da memória coletiva, na base da força, um símbolo da cultura nordestina”, finalizou.