O deputado Gilvan da Federal (PL-ES) pediu desculpas nesta quarta-feira (9), no plenário da Câmara, por ter dito na véspera que desejava a morte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Gilvan deu a primeira declaração durante sessão na Comissão de Segurança Pública da Câmara – onde era relator, justamente, de um projeto que prevê desarmar a segurança pessoal do presidente.
Após a repercussão ruim da fala, Gilvan pediu a palavra em plenário para se retratar. Disse que “exagerou” e que estava “reconhecendo o seu erro”.
A fala do dia anterior
Na terça (8), Gilvan falou em um sessão da Comissão de Segurança da Câmara que desejava a morte de Lula e que isso era um “direito” dele.
Ele argumentava a favor de um projeto, sob sua relatoria, que prevê tirar as armas da segurança presidencial. O texto foi aprovado na comissão, que tem maioria bolsonarista, mas ainda tem que passar pelo plenário da Câmara.
Governo e oposição repudiam fala
Após a fala do deputado, a Advocacia-Geral da União (AGU) enviou à Polícia Federal e à Procuradoria-Geral da União (PGR) uma notícia de fato, na qual pede adoção de medidas em relação ao ataque do deputado, inclusive investigação criminal.
Na noite desta quarta, senadores do partido de Gilvan criticaram a fala do deputado.
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), disse que o pai já foi alvo de falas com o mesmo teor e chamou atitudes como essa de “reprováveis”.
Além disso, afirmou que essa “não é uma postura que se espera de um parlamentar que tá ali pra discutir as coisas sérias do Brasil”, afirmou Flávio.
Os senadores Omar Aziz (PSD-AM), Jorge Kajuru (PSB-GO) e Carlos Portinho (PL-RJ) também repudiaram a fala de Gilvan da Federal.
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), também comentou o caso, sem mencionar o nome do deputado do PL.