Deputado diz que Cássio ficou “perdido” ao ser vaiado e que CG vê oportunismo

Uns são vaiados, outros saboreiam a vaia alheia. É o caso do deputado estadual Anísio Maia (PT), que comentou sobre as vaias que o senador Cássio Cunha Lima (PSDB) recebeu de uma multidão durante a abertura do maior São João do Mundo, em Campina Grande. Na ocasião Cássio discursava e teve o discurso interrompido pelo coro popular, o que o fez perder as estribeiras e rebater a população campinense.

“Isso já mostra uma mudança de humor da cidade para com ele. Ele antes se julgava o imbatível e agora nós estamos vendo a população externar o protesto”, analisou Anísio.

O deputado avaliou que a reação negativa à Cássio em Campina se deve não apenas devido ao papel dele na condução do processo de impeachment contra a presidente Dilma, mas as administrações do tucano em Campina Grande e o que ele deixou de fazer pela cidade

“Por exemplo água. Os campinenses precisam perguntar o senador Cássio o que foi que ele fez para melhorar o abastecimento de água de Campina quando ele tava na (presidência da) Sudene, por exemplo, quando ele foi governador e quando foi prefeito, por que ele não previu essa situação? Tudo isso o povo vai analisando”, afirmou Anísio em uma alusão direta a crise hídrica que Campina vivencia, com racionamento de água.

Quando as vaias começaram a atrapalhar o discurso, Cássio rebateu dizendo que os que o vaiavam defendiam um governo corrupto e são “inocentes úteis”. Anísio também repercutiu o destempero do senador e as acusações dele à população.

“E por que a maioria não aplaudiu? Se era uma minoria vaiando, a maioria que ele atribui que é favorável a ele, por que ficou calada? Se foi uma minoria, a maioria apoiou, já que ficou calada. Na verdade, ele ficou perdido, agredindo as pessoas. Ele foi pego de surpresa”, ironizou.

Perguntado se considerava essa reação negativa a Cássio em Campina Grande, o principal reduto eleitoral do senador, como um reflexo da imagem dele na Paraíba, Anísio foi taxativo..

“Acho que sim, tenho certeza! Se em Campina Grande, que é o maior reduto dele, está assim, imagina o resto do Estado”, pontuou.