Deputado ‘alfineta’ Cartaxo: “ninguém deve ter medo de investigação”

Em entrevista ao Paraíba Já, o deputado federal Efraim Filho, fez observações sobre a gestão do prefeito de João Pessoa Luciano Cartaxo (PSD) e uma de suas conclusões é ele se perdeu em sua gestão e “patinou” nela por um bom tempo, esperando o retorno do Governo Federal. E ainda salientou que Cartaxo, para poder participar das eleições e ter um pouco de credibilidade, precisou sair do PT.

“Eu acho que o prefeito Luciano Cartaxo se perdeu nessa gestão. O Governo Federal teve um papel importante, tanto que ele precisou sair do PT para poder ganhar credibilidade para disputar as eleições. Ele ficou muito tempo patinando, esperando recursos e respostas do Governo Federal e essas respostas acabaram demorando, todo mudo tem conhecimento da crise que vivemos hoje, e isso impactou na sua gestão”, relatou.

A consequência da espera de Cartaxo pelo PT, de acordo com Efraim, resultou nos cortes em setores essenciais para o desenvolvimento da econômica da Capital, como o turismo que teve boa parte de seus recursos cortados.

“Quando precisou fazer cortes foi em áreas sensíveis para a nossa vocação econômica. Um exemplo da Secretaria de Turismo de João Pessoa, que deixou de receber recursos. Nós tivemos a saída de um vereador, Bruno Farias que falou para quem quisesse ouvir de forma pública e sem contestação da prefeitura de que teve seu orçamento praticamente reduzido a zero”, reprovou.

Efraim ainda criticou a lentidão das obras em João Pessoa, e foi firme em dizer que a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Lagoa deve ser apoiada e o medo de investigação não deve existir na administração pública, pois “quem não deve não teme”.

“As obras em ritmos extremamente lentos. A Lagoa está inclusive passando por um processo de CPI, que tem que ser apoiado, ninguém deve ter medo de investigação na gestão pública, transparência é necessária”, analisou.

“Se o prefeito começar a fazer uma operação de abafa da CPI é porque tem coelho dentro desse mato. Então precisamos avaliar, se tem provas apresente, da sua culpa ou da sua inocência, agora não investigar e engavetar, são situações que o Brasil já demostrou através das ruas que não aceita mais”, finalizou.