Delegado diz que 2º vídeo de mulher gritando insultos indica crime de racismo

Pedro Ivo também informou que o vídeo chegou ao conhecimento da Polícia Civil hoje. As pessoas que aparecem no vídeo deverão ser chamadas para depor

O delegado titular da 1ª seccional da Polícia Civil e chefe das Delegacias Especializadas de João Pessoa, Pedro Ivo, nesta sexta-feira (16), afirmou que há elementos de crime de racismo no segundo vídeo da mulher, que se identificou como Luzia Sandra de Medeiros Dias Benjamin, que aparece gritando insultos a uma senhora em uma fila de loja da Capital.

O delegado explicou que o caso será encaminhado para a Delegacia Especializada de Crimes Raciais e Homofóbicos, onde será aberto um inquérito policial para apurar o caso.

+Mulher que gritou ofensas racistas em banco de JP aparece em novo vídeo: ‘eu sou Hitler’

“Vou mandar instaurar um inquérito policial para saber quando foi essa situação porque não dá para saber, se foi algo recente ou não. Vai ser periciado para a apuração desse caso pelo crime racismo porque nesse vídeo especificamente eu verifiquei elementos genéricos”, comentou.

Pedro Ivo também informou que o vídeo chegou ao conhecimento da Polícia Civil hoje e por conta dos elementos fortes de crime de racismo, não se faz necessário uma denúncia. As pessoas que aparecem no vídeo deverão ser chamadas para depor.

“Vai ser objeto de apuração e vai ser encaminhado para a delegacia de crime homofóbicos e raciais e lá o o delegado, com o rigor necessário do caso, com a técnica vai fazer toda apuração. E caso se constate efetivamente a situação ela vai ser indiciada e vai responder pelo crime na forma da lei”, frisou.

A pena para o crime de racismo varia de dois a cinco anos de prisão e é inafiançável.

+Marido de mulher que fez ofensas racistas em banco de JP mostra laudo psiquiátrico

Rodrigo Augusto, marido de Luzia Sandra de Medeiros Dias Benjamim, apresentou um laudo psiquiátrico, onde atesta que a mulher está em tratamento para transtorno bipolar. Porém, o delegado afirmou que o documento ainda não chegou ao conhecimento da Polícia Civil.