Delator revela que Livânia “queimou” candidatura de João à PMJP: ela não gostava dele

O ex-secretário executivo de Turismo e Desenvolvimento Econômico da Paraíba, Ivan Burity, revelou que a ex-secretária de Administração do Estado, Livânia Farias, foi a principal responsável pela retirada da candidatura do hoje governador João Azevêdo à Prefeitura Municipal de João Pessoa (PSB), nas eleições de 2016.

A revelação de Ivan Burtiy faz parte da delação premiada dele, no âmbito da Operação Calvário, cujos trechos o Paraíba Já teve acesso. O ex-secretário já foi preso na Calvário e hoje está liberdade, após decidir colaborar com a Justiça.

De acordo com Ivan, Livânia Farias “não gostava” do atual governador da Paraíba. “Quando chegou à eleição de Cida (Ramos – em 2016), que foi ela quem tirou João (Azevêdo – da disputa pela PMJP); ela não gostava de João, queimou João”, contou o ex-secretário em sua delação.

Assista abaixo trecho da delação de Burity

Ainda de acordo com Burity, após a reeleição do ex-governador Ricardo Coutinho, em 2014, Livânia passou a exercer forte poder nas decisões do grupo político. “Teve uma época em que ela empoderou-se, depois do segundo governo de Ricardo (Coutinho)… Ela passou a ter um poder de fogo altíssimo, (foi) quando ela elegeu parentes dela como vereador de Sousa”, contou o delator.

Delação de Livânia

Nesta semana, novos trechos da deleção de Livânia Farias foram divulgados pela imprensa. Em um deles, a ex-secretária disse ter repassado valores a João Azevêdo entre os meses de abril e julho de 2019. O governador desqualificou as declarações da delatora e disse ter antecipado, desde o no ano passado, que seria vítima de retaliações por ter justamente exonerado de sua gestão ex-auxiliares envolvidos na Operação Calvário, como a própria Livânia Farias.