De volta ao mata-mata da Série D após 7 anos, Treze segue firme de olho no acesso

Aquela temporada foi bastante marcante na história do Treze. Comandado em campo pelo atacante Warley – hoje dirigente do Botafogo-PB -, o Galo da Borborema teve um time bastante vistoso, sob a batuta do técnico Marcelo Vilar. Cléo e Warley no ataque fizeram uma grande temporada e levaram o clube ao bicampeonato estadual no primeiro semestre.

Classificado para a Série D do Campeonato Brasileiro, o Treze manteve a base do Paraibano para o torneio nacional e fez uma ótima campanha. Passou da primeira fase com a segunda colocação no Grupo A, mas com uma rodada de antecedência, ficando atrás apenas do Coruripe-AL.

Aí veio o Santa Cruz do Rio Grande do Norte no primeiro mata-mata do torneio. Mesmo decidindo fora de casa a vaga na terceira fase, o Galo atropelou o time potiguar nas duas partidas. Venceu a ida, em Campina Grande, por 3 a 1, e a volta, em Santa Cruz, por 3 a 0.

Foi uma derrota dolorosa em campo, mas que acabou esquecida em 2012, quando o Treze travou uma enorme briga jurídica contra a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), requerendo o direito de disputar a terceira divisão daquele ano. O Galo queria a vaga do Rio Branco-AC, alegando que o clube do Norte havia entrado na Justiça Comum, em um outro processo, antes de esgotadas as esferas jurídicas desportivas. Em uma guerra de liminar jamais vista no futebol brasileiro, a Justiça acabou definindo que a Série C de 2012 deveria ser disputada com 21 times, incluindo o Alvinegro de Campina Grande e mantendo o Rio Branco-AC no torneio. Na terceira divisão, o Treze permaneceu até 2014, quando voltou para a Série D, de onde não mais saiu.

O Treze disputa pela quinta vez a Série D e já passou de fase em três ocasiões. O Galo da Borborema, inclusive, está na história da competição por ter sido o primeiro e único paraibano na primeira edição da quarta divisão do futebol brasileiro, em 2009. Naquele ano, o Treze caiu precocemente na fase de grupos da competição, que tinha ainda o Alecrim-RN, Flamengo-PI e Ferroviário-CE.

No ano seguinte, o Galo chegou ao campeonato com um bom time. Tinha Rone Dias e Vavá em grande fase e contava com os bons chutes e cruzamentos do volante Pio, hoje no Ceará. Passou fácil e com a liderança da chave, que ainda tinha River Plate-SE, Central de Caruaru e Flu de Feira. Encontrou o Araguaína-TO no primeiro mata-mata e acabou caindo inesperadamente e de forma prematura na competição.

Disputou o torneio em 2011, quando caiu para o Santa Cruz nas quartas de final, e só voltou a jogar a quarta divisão em 2015, após ter caído da Série C em 2014. Naquela edição, acabou sendo eliminado na fase de grupos, numa chave que tinha Goianésia-GO, Serrano-BA, Estanciano-SE e Central de Caruaru.

Em 2018, a campanha vem sendo muito boa. Invicto, o Galo da Borborema garantiu a liderança do grupo e a classificação para a segunda fase com uma rodada de antecedência. O Alvinegro somou 12 pontos, após 3 vitórias e 3 empates em 6 jogos disputados. O Itabaiana-SE se classificou com a segunda posição, enquanto que Vitória da Conquista-BA e Santa Rita-AL deram adeus à competição. O Galo agora enfrenta o URT-MG no primeiro mata-mata. Informações do site G1.