Datafolha: identificação com a esquerda cresce e vai a 49%; direita recua

Pesquisa ouviu 2.556 pessoas acima dos 16 anos em 181 cidades de todo o país nos últimos dias 25 e 26 de maio. A margem de erro é de 2 pontos

Pesquisa do Instituto Datafolha publicada na madrugada deste sábado (4) no site do jornal “Folha de S.Paulo” aponta que a identificação dos brasileiros com o espectro ideológico de esquerda cresceu para 49%, ante 41% apurado no último levantamento, realizado em 2017.

A pesquisa levou em consideração os quesitos comportamento e economia e apontou os seguintes resultados:

  • 49% dos entrevistados se identificam com a esquerda; eles dividem-se da seguinte forma: 17% de esquerda e 32% de centro-esquerda
  • 17% dos entrevistados se identificam com o centro
  • 34% se identificam com a direita; eles dividem-se da seguinte forma: 9% de direita e 24% de centro-direita

Em 2017, quando foi realizado o levantamento anterior, 41% disseram se identificar com a esquerda, e 40%, com a direita.

A pesquisa do Datafolha ouviu 2.556 pessoas acima dos 16 anos em 181 cidades de todo o país nos últimos dias 25 e 26 de maio. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou menos.

Como foi feito o levantamento

O Datafolha apresentou aos entrevistados perguntas sobre economia e comportamento e associou as respostas aos espectros do pensamento ideológico.

Entre as questões de comportamento estava, por exemplo, saber com qual das alternativas abaixo os entrevistados concordam mais: “A posse de armas deve ser proibida, pois representa ameaça à vida de outras pessoas” (afirmação mais associada à esquerda) ou “Possuir uma arma legalizada deveria ser um direito do cidadão para se defender” (afirmação mais associada à direita).

Entre as questões de economia, estava, por exemplo, saber com qual das opções a seguir o entrevistado se identificava mais: “Boa parte da pobreza está ligada à falta de oportunidades iguais para que todos possam subir na vida” (afirmação mais associada à esquerda) ou “Boa parte da pobreza está ligada à preguiça das pessoas que não querem trabalhar” (afirmação mais associada à direita).

A metodologia do Datafolha foi elaborada em 2013 e repetida em 2014, em 2017 e neste ano.

Do g1