“Cunha só foi preso para recuperar a popularidade da Lava Jato”, avalia petista

” Não é com arbitrariedades que se fortalece a Justiça e se combate a corrupção. Cunha é comprovadamente corrupto e deve ser preso. Mas, por que só agora Moro entendeu que ele poderia sumir com provas ou interferir na investigação, depois de mais de um mês sem foro privilegiado?”, questionou na manhã desta quinta-feira, 20, o deputado estadual Anísio Maia (PT) sobre a prisão do ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

O petista acredita que embora setores da imprensa estejam tratando Eduardo Cunha como homem-bomba, a prisão do ex-presidente da Câmara terá seus efeitos controlados.  “Cunha não é um homem-bomba, a forma como ele foi preso mostra que  receberá tratamento especial pelos investigadores”, analisou.

“Enquanto alguns foram presos de forma constrangedora, com mobilização de forte aparato policial e cobertura da mídia, Cunha foi preso de forma light, depois de almoçar, com toda tranquilidade. Parecia até que o horário havia sido combinado e recebeu toda cordialidade. A operação Lava jato provou que também é seletiva no tratamento aos prisioneiros e atua sempre ao sabor da política”, acrescentou Anísio Maia.

De acordo com Anísio Maia, “A Lava Jato, até agora, tem sido um braço político do PSDB e Sérgio Moro só ouvirá aquilo que interessa aos interesses políticos dos tucanos. A prisão de Cunha é a reação imediata à subida de Lula nas pesquisas”, afirmou.

“Cunha já deveria está preso há muito tempo e só foi preso agora por dois motivos: recuperar a popularidade da Lava Jato que vinha perdendo legitimidade por sua parcialidade, seletividade e autoritarismo e tentar criar um clima favorável para a prisão do presente Lula. Talvez por isto, Moro resolveu apressar a prisão light de Eduardo Cunha”, concluiu Anísio Maia.