Crise leva novos prefeitos a programarem controle da folha de pagamento

A crise que o país atravessa interferiu diretamente no repasse que o Governo Federal faz para as cidades através do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), fazendo com que a queda na arrecadação elevasse o percentual de gasto das prefeituras com os servidores municipais. Pensando nisso, diversos prefeitos eleitos já garantem uma revisão na folha de pagamento para enxugar a máquina fazer com que os gestores tenham dinheiro para investir em infraestrutura. Cidades como Bayeux, Santa Rita e Alhandra já confirmam cortes visando oxigenar as finanças dos municípios para que setores essenciais como a educação e saúde ganhem investimentos.
O novo prefeito de Santa Rita, Emerson Panta (PSDB), afirmou que a prefeitura municipal deverá realizar, nos primeiros meses de gestão, uma força-tarefa para solucionar os principais problemas vividos pela população. Além disso, Panta ressalta que vai realizar um enxugamento drástico de mais de 25% da folha para que os salários possam ser pagos em dia.
Já Berg Lima (Podemos), novo prefeito de Bayeux, destaca que a redução da folha visa cumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). “Nós não podemos ser irresponsáveis no tocante à LRF, ultrapassando os gastos com o pessoal, e iremos cortar na própria pele, tomando medidas até consideradas duras como não ter o meu reajuste, do vice-prefeito e dos secretários, por exemplo. Iremos cortar um grande percentual de comissionados”, disse.
Em Alhandra, o prefeito eleito Renato Mendes (Democratas) garante que o enxugamento da máquina deve ser prioridade. “Temos que ter um controle da folha de pagamento e conter gastos, pois vivemos em um momento difícil e não sabemos como 2017 vai ser. Manter o equilíbrio financeiro é essencial para a cidade”, salientou.