A Paraíba investiga dois supostos casos do “fungo negro” que está relacionado a pacientes infectados com a Covid-19. Um dos casos, de uma paciente do município de Areia de Baraúnas, se agravou e causou a morte. As informações são do secretário de Estado da Saúde, Geraldo Medeiros, em entrevista à TV Cabo Branco na manhã desta segunda-feira (7).
Conforme o secretário, o fungo afeta principalmente pacientes imunossuprimidos e diabéticos diagnosticados com o novo coronavírus.
“Temos um outro caso que brevemente pode ser confirmado ou não”, afirmou Medeiros.
O fungo negro não é transmissível, porém é uma doença que pode ser fatal, fez questão de ressaltar o secretário.
PE já confirmou caso de mucormicose
O primeiro caso de infecção por mucormicose em um paciente que teve a Covid-19 foi registrado em Pernambuco. A informação foi divulgada, neste domingo (6), pela Secretaria Estadual de Saúde (SES).
Segundo o estado, a mulher de 59 anos está internada, desde a sexta (4), na enfermaria do Hospital Universitário Oswaldo Cruz (Huoc), no bairro de Santo Amaro, na área Central do Recife.
Causada por fungos da ordem Mucorales, a doença é conhecida há mais de um século e pode acometer os pulmões e mutilar os seios da face.
O que é mucormicose?
O aparecimento da doença atrelada a casos de covid-19 pode estar relacionado ao uso de altas doses de corticóides associado a um quadro de diabetes descontrolado, combinação que aumenta a chance de infecção pelo fungo, segundo o infectologista Flávio Telles, professor da UFPR (Universidade Federal do Paraná), em entrevista ao R7.
O médico ressalta que os corticóides são usados para tratar pacientes graves de covid-19 que vão para a UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e diabéticos fazem parte do grupo de risco para o coronavírus. Telles destaca que este também é um dos motivos que explicam a epidemia de mucormicose registrada na Índia.