Covid-19: novo decreto trará “flexibilização lenta”, garante Geraldo Medeiros

Secretário de Saúde da PB destaca ações realizadas durante a pandemia
Secretário Geraldo Medeiros - Foto: Arquivo

O secretário de Estado da Saúde Geraldo Medeiros afirmou que novo decreto, que deve ser publicado neste sábado (03) no Diário Oficial, traz flexibilização lenta, mas ainda com restrições em alguns setores. Medida ainda se torna necessária por conta da estabilização do número de novos casos e mortes por Covid-19 na Paraíba estar em quantitativos elevados. Além disso, mesmo com o aumento de 300 novos leitos em apenas um mês, a ocupação hospitalar está sobrecarregada.

Para Geraldo, a previsão é de que a partir de 20 de abril será perceptível redução da média de mortes e internações. “É claro que, se nós não tivéssemos, desde o dia 23 de fevereiro adotado aquelas medidas de restrições, com o fechamento no sábado e no domingo, o toque de recolher de 22h às 5 da manhã, nós estaríamos numa situação bem pior. Com esse “feriadão”, que não é para festa com familiares e amigos e sim para ficar em casa, aí sim, nós esperamos que a partir do dia 20 de abril teremos o reflexo dessa restrição sanitária que adotamos nesses 10 dias, que foi mais intensa”, explicou.

O novo decreto, que vai preconizar sobre quais medidas sanitárias deverão ser seguidas a partir da próxima segunda-feira (05), ainda está sendo discutido intensamente entre o governador João Azevêdo (Cidadania) e todo o secretariado.

“Ontem estivemos reunidos toda a tarde com o governador e os secretariado discutindo item por item, segmento por segmento, no sentido de propiciar, a partir de segunda-feira, uma flexibilização lenta, ainda com restrições, por que ainda não podemos promover o ‘libera geral’ neste momento, por que 15 dias depois teremos o reflexo disso. A nossa rede hospitalar já está atingindo o seu limite. Nós ampliamos, ao longo do mês de março, 300 leitos. Foram 144 de UTI e o restante de enfermaria, o que dá uma média de 10 leitos por dia e, mesmo assim, estamos com 89% de ocupação dos leitos de UTI adulto na Grande João Pessoa, 90% no Sertão e 73% em Campina Grande”, relatou.

População ainda resiste

A alta de casos e óbitos por Covid-19 na Paraíba foi expressiva em março, atingindo uma média diária de 70 óbitos. Isso ocorre pela resistência da população a adotar o distanciamento social, uso de máscaras e cuidados com higiene das mãos.

“O relaxamento do distanciamento social ocasionou a maior propagação do vírus. As pessoas relaxaram, muitas delas se curando sem máscaras, promovendo aglomerações, festas clandestinas, então todas essas ações promovem o adoecimento de paraibanos e, infelizmente, de mortes. É lógico que uma parcela da população sempre colaborou ao longo dessa pandemia e outra parcela, principalmente os jovens, durante um certo tempo, não tem colaborado, indo para as festas, baladas, festinhas em chácaras, granjas, fazendas, principalmente no interior, juntando amigos e familiares, e são inúmeros exemplos de famílias inteiras contaminadas, com alguns mortos, em decorrência dessas atitudes errôneas que a população adotou”, alertou Geraldo Medeiros.