Couto presta homenagem à ex-ouvidora de Polícia da Paraíba

Na data em que se celebra o Dia Internacional dos Direitos Humanos (10 de dezembro), o deputado Luiz Couto (PT-PB) ocupou a tribuna da Câmara Federal para fazer uma saudação especial à advogada Valdênia Aparecida Paulino Lanfranchi, ex-ouvidora de Polícia da Paraíba.

“Neste grande dia quero homenagear uma pessoa que marcou minha vida, através de sua coragem, dedicação, amor, solidariedade, força e determinação. Esta pessoa tão humana e tão especial é a doutora e advogada Valdênia Aparecida Paulino Lanfranchi. Minha deferência nesta data, que marca a Declaração Universal de Direitos Humanos, é para ela”.

Luiz Couto lembrou que a história de Valdênia começou em São Paulo, onde catava garrafas de vidro e esterco de cavalo no aterro sanitário do distrito de São Mateus para ajudar no sustento da família.

Relatou que ela morava em Sapopemba, periferia de São Paulo, e lá denunciou policiais que entravam na favela para abusar de mulheres, torturar e assassinar pessoas. “Sobreviveu a vários atentados. Denunciava PMs corruptos sem cessar. Por diversas vezes teve que se refugiar em outros países. Voltou ao Brasil e foi atuar na Paraíba, tendo sido nomeada ouvidora da Secretaria Estadual de Segurança e Defesa Social. Passou dois anos no cargo. Neste período, denunciou policiais e agentes penitenciários participantes de grupos de Extermínio”.

Couto mencionou que na Paraíba Valdênia Paulino é referência na defesa dos direitos humanos, e que para o Brasil é um fenômeno que marcou a defesa dos torturados e de famílias de pessoas mortas e injustiçadas pelo crime organizado e os grupos de extermínio.

“Recebeu o Prêmio Direitos Humanos 2012, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da Republica, na categoria Enfrentamento a Violência, e no último dia 28 de novembro ganhou o Prêmio CCBB de 2014 de Direitos Humanos, entregue na Bélgica. O reconhecimento veio através do Conselho das Ordens dos Advogados da Europa, entidade que congrega o que seus próprios filiados autodenominam de promotores da justiça e do direito”, complementou.