Correios: Atraso de correspondências é rotina em João Pessoa

Uma das coisas negativas que faz parte do cotidiano dos paraibanos é o atraso na entrega de correspondências. A população reclama do serviço que os Correios e Telégrafos executam. A empresa informa que em João Pessoa e Campina Grande, são 400 carteiros trabalhando, quantitativo suficiente para a demanda. Mas admite que os atrasos existem e acontecem por problemas pontuais, como afastamento e atestados médicos diários dos funcionários.  A média é de 20 carteiros faltosos por dia, somente em João Pessoa.

Até ontem, a unidade  dos Correios do bairro da Torre, havia 12 mil objetos encalhados. Essa unidade também atende ao Bairro dos Estados, Ipês, Mandacaru, Miramar, Cabo Branco, Expedicionários e Tambauzinho. O gerente de operações da instituição, José Fred Nóbrega, afirmou que, na semana passada, era a unidade Mangabeira que sofria com o mesmo problema.“Nós estávamos realmente com problemas de atraso em Bayeux e região da Torre, mas a gente está conseguindo reverter a situação, reunindo esforços nos setores que apresentam problemas”, afirmou.

São as correspondências simples, como cartas, faturas e contas em geral, que detem o maior volume de atrasos na entrega. “É muito difícil que encomendas com código aconteça atraso, pois nós sempre rastreamos o objeto. Já as correspondências simples é impossível de se fazer o mesmo procedimento”. José Fred ainda afirma que ausência de funcionários “é um problema que foge” de suas mãos porque nunca se sabe “por quanto tempo o funcionário vai estar afastado e por isso não há como fazer contratação, por conta de problemas legais, nem expandir o número de carteiros”. Ele disse que a quantidade é suficiente para atender todas as áreas. “Porém, nós acreditamos que isso é não é um problema apenas dos Correios e sim de outros órgão públicos”, justificou.

Mas não é o que relata Micael Gomes dos Santos, cuja encomenda deveria ter sido entregue há 23 dias. Ele procura o Correios e diz que quanto mais procura, mais se sente confuso. “Não adianta nem ligar que eles não atendem o telefone, tem que vir presencialmente lá na central do Cristo. Essa é terceira vez que vim saber dessa encomenda e uma hora me informam que está no Recife, outra em São Paulo e agora está no Rio de Janeiro. Vai rodar o Brasil todinho para chegar aqui. Isso é uma esculhambação e uma tremenda falta de respeito para quem pagou caro para que a encomenda chegasse em tempo hábil”, desabafou.

Colaboração Jornal A União