
As unidades de artilharia norte-coreanas próximas da fronteira com a Coreia do Sul estão de prontidão para disparar por conta de embates com drones que Pyongyang afirma estarem cruzando a fronteira, disse a imprensa estatal norte-coreana neste domingo (13).
Nas últimas semanas, alguns desertores e ativistas na Coreia do Sul enviaram pacotes de ajuda para o Norte e lançaram panfletos criticando o líder Kim Jong Un.
A Coreia do Norte culpou o exército sul-coreano por essa prática e também tem lançado balões repletos de lixo ao Sul em represália.
Em junho, a Pyongyang enviou centenas de balões com sacos repletos de lixo, como cigarro, papel higiênico e fezes, para o Sul, depois que ativistas sul-coreanos lançaram balões com pendrives de música K-pop, notas de dólares e material de propaganda contra o líder Kim Jong Un.
A resposta do Norte levou o presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, a suspender um acordo militar de distensão assinado com Pyongyang em 2018, quando os países tinham uma relação melhor.
Desde o fim da Guerra da Coreia (1950-1953) com um armistício, as duas Coreias permanecem tecnicamente em guerra e estão separadas por uma zona desmilitarizada. O acordo de 2018 pretendia reduzir as tensões na península e evitar uma escalada militar, em particular ao longo da fronteira.
A agência de notícias estatal norte-coreana KCNA citou o porta-voz do ministério da defesa dizendo que Pyongyang acredita em que mais drones devem sobrevoar a capital nos próximos dias e que instruiu o exército do país a se preparar para todos os cenários, incluindo conflito.
Na sexta-feira, a Coreia do Norte também acusou a Coreia do Sul de enviar drones para Pyongyang durante a noite nesta semana e na semana passada, acrescentando que tal intrusão demandava uma ação retaliatória.
Do G1