Coordenador do Gaeco diz que Dallagnol irá se contrapor à corrupção de dentro da política

Na análise do coordenador do Grupo de Atuação contra o Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público da Paraíba (MPPB), Octávio Paulo Neto, a saída Deltan Dallagnol do Ministério Público Federal (MPF) para ingressar na política, será para combater de dentro e se “contrapor” a corrupção de dentro.

“Eu creio que Deltan resolveu ingressar na política, para dentro desse teatro de guerra, se contrapor a esses atores que fazem da política um meio de instrumentalizar suas vidas e desviar recursos públicos”, avaliou. Segundo o promotor, parte das perseguições sofridas pelo MPF se devem às ações da Lava-Jato no combate à corrupção.

Deltan Dallagnol anunciou sua saída do MPF na última quinta-feira (4). Ele atuou como chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba entre 2014 e 2020. O coordenador Gaeco ainda pontuou que a entrada de Deltan na política pode abrandar a “perseguição insana” ao MP.

“A saída de Deltan pode acarretar um maior abrandamento nessa perseguição insana que o Ministério Público vem sofrendo, e isso só demonstra que somos uma democracia nova. Temos evoluções e involuções. Tudo isso só mostra que nós, como cidadãos, participarmos mais ativamente da política e tentar mudar as coisas”, ressaltou.