Consórcio NE recomenda que governadores mantenham medidas de prevenção

O Comitê Científico de Combate ao Coronavirus do Consórcio Nordeste, o C4, emitiu a vigésima edição do boletim onde apresenta a situação da pandemia da Covid-19 em todos Estados da região. O documento também traz recomendações aos governadores nordestinos sobre a manutenção das medidas de prevenção da doença.

De acordo com o Comitê Científico, na fase inicial da pandemia da Covid-19, alguns estados do Nordeste apresentavam os piores desempenhos do País, e os prognósticos de alguns especialistas para a Região eram muito sombrios. Porém, passados 18 meses, no último dia 8, quando o número de mortes no País alcançou a terrível marca de 600 mil, o número na Região Nordeste era 117 mil, correspondentes a 19,5 % do total, enquanto o percentual da população nordestina é 27,5 %.

Segundo o boletim, o Nordeste é a região do País que melhor vem controlando a pandemia e apresenta melhores
resultados na redução do número de infectados e de óbitos. Isto certamente se deve a ação dos Governadores que atuam em parceria no combate a pandemia.

Para os cientistas e pesquisadores do Comitê, um dos fatores para o atual quadro de arrefecimento da pandemia no Nordeste “é que os Governadores e Prefeitos da Região rejeitaram o comportamento negacionista do presidente Jair Bolsonaro e seu governo e decidiram ouvir a ciência para tomar as decisões no enfrentamento da maior crise sanitária já vivida pelo Brasil”.

Diante do atual quadro, o Comitê Científico de Combate ao Coronavírus (C4), do Consórcio Nordeste reforça a necessidade dos governos estaduais e municipais manterem medidas não farmacológicas de combate ao coronavírus e adotarem novas medidas, apresentadas a seguir:

1- Distanciamento social;

2- Passaporte de vacinação;

3- Ensino presencial nas escolas.

Defesa da vacina

Segundo o C4 do Consórcio NE, as campanhas em defesa da vacinação aumentaram, mas o comitê defende que elas precisam ser mais explicativas, por exemplo, como as vacinas funcionam, suas vantagens e cuidados a serem adotados. O texto ainda alerta que grande parte da população acredita que com duas doses estão imunizadas permanentemente e abandonam até o uso de máscaras, que depois da vacinação é a medida de maior proteção individual.

Estudos científicos mostram que nenhuma vacina é 100% efetiva e que muitos casos de reinfecção, mesmo após a segunda dose da vacina, estão acontecendo chegando a óbitos.

“A ciência tem mostrado que o tempo de proteção após a segunda dose ainda não está devidamente esclarecido e que uma terceira dose deve ser ministrada, o que já está acontecendo em quase todos os Estados. Mas o ritmo de vacinação ainda é lento e o Ministério da Saúde deveria destinar mais recursos a pesquisas sobre vacinas e aumentar a distribuição do número de vacinas por Estado, pois a distribuição ainda é deficiente em relação às reais necessidades da população”, diz Comitê Científico de Combate ao Coronavírus do Consórcio Nordeste em boletim.

Veja a íntegra da vigésima edição do boletim Covid-19 do C4: 2021-10-13-Boletim 20

Do Wscom