Conheça os deputados da PB que votaram contra PEC que turbina benefícios sociais

Frei Anastácio e Pedro Cunha Lima foram os únicos integrantes da bancada paraibana que se posicionaram contrários à proposta aprovada

Conheça os deputados da PB que votaram contra a PEC que amplia benefícios sociais
Foto: Agência Câmara

Dois dos 12 integrantes da bancada paraibana na Câmara dos Deputados votaram contra a aprovação da PEC 15/2022 que, entre outras coisas, permite o aumento do valor do Auxílio Brasil, a ampliação so Vale-Gás e a criação de um ‘voucher’ para aproximadamente 900 mil caminhoneiros.

Apelidada de ‘PEC Kamikaze’ pelo ministro da Economia, Paulo Guedes – quando o governo ainda não cogitava patrocinar a medida, considerada então um “suicídio” em razão do desequilíbrio nas contas públicas – a Proposta de Emenda Constitucional foi aprovada em segundo turno na noite desta quarta-feira (13), com 469 votos favoráveis e 17 contrários.

Todos os destaques (propostas de mudança do texto) foram rejeitados pelos parlamentares. Com a conclusão da análise em segundo turno, a PEC será promulgada pelo Congresso Nacional.

Conheça os deputados da PB que votaram contra a PEC que amplia benefícios sociais

De acordo com o site Congresso em Foco, entre os 17 deputados que votaram contra a aprovação da PEC, dois paraibanos de partidos distintos: Frei Anastácio (PT) e Pedro Cunha Lima (PSDB).

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Já Aguinaldo Ribeiro (PP), Damião Feliciano (PDT), Edna Henrique (Republicanos), Efraim Filho (União Brasil), Gervásio Mais (PSB), Hugo Motta (Republicanos), Julian Lemos (União Brasil), Ruy Carneiro (PSC), Wellington Roberto (PL) e Wilson Santiago (Republicanos) votaram pela aprovação da proposta.

O que prevê a PEC?

A PEC estabelece estado de emergência em 2022, em razão da “elevação extraordinária e imprevisível dos preços do petróleo, combustíveis e seus derivados e dos impactos sociais deles decorrentes”.

Com isso, abre caminho para uma série de benefícios. Veja abaixo:

Auxílio Brasil: ampliação de R$ 400 para R$ 600 mensais e previsão e cadastro de 1,6 milhão de novas famílias no programa (custo estimado: R$ 26 bilhões);

Caminhoneiros autônomos: criação de um “voucher” de R$ 1 mil (custo estimado: R$ 5,4 bilhões);

Auxílio-Gás: ampliação de R$ 53 para o valor de um botijão a cada dois meses — o preço médio atual do botijão de 13 quilos, segundo a ANP, é de R$ 112,60 (custo estimado: R$ 1,05 bilhão);

Transporte gratuito de idosos: compensação aos estados para atender a gratuidade, já prevista em lei, do transporte público de idosos (custo estimado: R$ 2,5 bilhões);

Taxistas: benefícios para taxistas devidamente registrados até 31 de maio de 2022 (custo estimado: R$ 2 bilhões);

Alimenta Brasil: repasse de R$ 500 milhões ao programa Alimenta Brasil, que prevê a compra de alimentos produzidos por agricultores familiares e distribuição a famílias em insegurança alimentar, entre outras destinações;

Etanol: Repasse de até R$ 3,8 bilhões, por meio de créditos tributários, para a manutenção da competitividade do etanol sobre a gasolina.