Conheça os cotados para assumir a vaga de Teich no Ministério da Saúde

Há pelo menos quatro nomes na mesa do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para assumir o Ministério da Saúde. Com a queda de Nelson Teich após apenas 28 dias na pasta, está no cargo interinamente o general Eduardo Pazuello, que já era o secretário executivo e foi indicado pelo próprio Bolsonaro. A efetivação dele é uma possibilidade.

Mas é forte também o nome da médica Nise Yamaguchi, que foi chamada ao Palácio do Planalto na manhã desta sexta-feira (15), antes mesmo da efetivação da demissão de Teich.

Com Nise, Bolsonaro poderia resolver um dos principais descontentamentos com Teich, que já vem do tempo de Luiz Henrique Mandetta: a falta de apoio do Ministério da Saúde à adoção da cloroquina como tratamento geral para o coronavírus.

Sem uma comprovação científica, Bolsonaro tem insistido para que o ministério recomende e adote o uso do remédio desde os primeiros sintomas. E Nise Yamaguchi é a principal fonte do presidente no tema.

Isolamento social

O deputado federal e ex-ministro da Cidadania Osmar Terra é outro cotado porque faz forte campanha para ser ministro da Saúde, participando de entrevistas quase diárias nos meios de comunicação e defendendo nas redes sociais posições com as quais Bolsonaro concorda.

A principal delas é a condenação do isolamento social como forma de combate ao coronavírus. Médico de formação, Terra tem defendido que a quarentena não tem nenhuma influência no fluxo de contágio, apesar de o consenso da comunidade científica apontar no sentido oposto.

Correndo por fora está o também médico Claudio Lottenberg, presidente do conselho deliberativo do Hospital Israelita Albert Einstein, de São Paulo. Ele já havia disputado com Teich a indicação de entidades médicas ao cargo e agora tem o nome lembrado mais uma vez.

A falta de um alinhamento total com o presidente, que Teich chegou a prometer, mas não entregou, joga contra Lottenberg. As informações são do Metrópoles.