Confira o top 10 das melhores e mais faladas séries de 2021

A lista feita pelo g1 com as 10 séries que marcaram 2021 tem comédias como “Ted Lasso” e “Hacks”; sucessos da crítica como “Only murders in the building” e “Mare of the Easttown”; mas também há espaço para os queridinhos dos fãs, com “Wandavision” e “Round 6”.

10 ‘Dopesick’

Michael Keaton em 'Dopesick' — Foto: Divulgação
Michael Keaton em ‘Dopesick’ — Foto: Divulgação

A décima posição vai para uma série ainda bem pouco badalada por aqui, porque estreou no fim do ano. “Dopesick” conta a história do começo da epidemia de opioides nos Estados Unidos, que já matou mais de 500 mil pessoas.

O assunto não é nada leve, mas a série, que se passa entre o fim dos anos 90 e o começo dos anos 2000, consegue prender demais a atenção com idas e vindas no tempo. Ela conta como uma farmacêutica americana começou a vender milhões de doses de um remédio para dor altamente viciante, o Oxycodin.

A série é centrada em vários personagens, entre pacientes que começam a ficar viciados e veem suas vidas serem destruídas, promotores e investigadores que tentam responsabilizar a empresa fabricante do remédio e a família bilionária dona da farmacêutica, que só vai ficando mais bilionária.

Um dos personages mais marcantes é um médico de uma cidade do interior, vivido por Michael Keaton, numa atuação que vai ganhar muitas indicações a prêmios em 2022.

9 ‘Maid’

Série 'Maid' — Foto: Reprodução
Série ‘Maid’ — Foto: Reprodução

A nona posição tem uma minissérie dramática sobre uma mulher que trabalha como faxineira para tentar pagar as contas e cuidar da filhinha.

“Maid” conseguiu uma raridade: ela é muito elogiada pela crítica, mas também bombou, e terminou 2021 como uma das séries mais buscadas do ano no Google.

São 10 episódios, todos com a protagonista penando para ter uma vida digna. Além das dificuldades financeiras, ela tem que conviver com um monte de burocracias e com relações tóxicas com quase todos em volta dela: pai, ex-namorado, patroa, mãe…

E por falar em mãe, o charme da série está na intensidade das performances, das interações. Incluindo a protagonista Margaret Qualley e a coadjuvante Andie MacDowell. Elas são mãe e filha na vida real. E também na série.

8 ‘Evil’

'Evil' — Foto: Divulgação
‘Evil’ — Foto: Divulgação

“Evil” é uma típica série para quem aprecia assistir sem pressa, como faziam nossos antepassados. Um episódio por semana, esquema caso do dia, mas com aquela historinha central que permeia toda a temporada. E aqueles personagens aos quais a gente se apega bem fácil.

Evil junta um padre, uma psicóloga, mãe de quatro meninas, e um especialista em tecnologia bem cético para investigar eventos sobrenaturais e tentar saber se são milagres, possessões demoníacas ou frutos de problemas psiquiátricos e afins.

A série, que este ano teve sua segunda temporada exibida por aqui, tem umas histórias bem perturbadoras e consegue deixar a gente bem assustado, mas sem jamais perder a ternura. Mesmo assim, é recomendado não assistir sozinho de noite em casa, sabe?

7 ‘Wandavision’

Paul Bettany e Elizabeth Olsen em cena de 'WandaVision' — Foto: Divulgação
Paul Bettany e Elizabeth Olsen em cena de ‘WandaVision’ — Foto: Divulgação

Tem essa lenda de que para ver séries do universo marvel você tem que ter assistido a uns 52 filmes e lido umas 120 HQs, senão nada vai fazer sentido. Mas nossa sétima colocada veio para provar que não é bem assim.

É possível ver “Wandavision” sem fazer a menor ideia de quem eram os protagonistas e mesmo assim adorar. A série é ótima, entretenimento puro. Pode até fazer mais sentido para quem viu todos os filmes da Marvel, mas dá gostar de tudo sem ter referência nenhuma.

“Wandavision” mostra o casal de heróis Wanda e Visão vivendo uma vida de sitcom americana. Em cada episódio eles aparecem como protagonistas de uma série de comédia de uma década diferente. É bem divertido, mas tem um mistério por trás, claro.

Esse mistério e a resolução dele deixou quem é fã da Marvel bem contente. Mas funcionou demais para quem não é fã também.

6 ‘Mare of the Easttown’

'Mare of the Easttown' — Foto: Divulgação
‘Mare of the Easttown’ — Foto: Divulgação

“Mare of Easttown” já valeria pela atuação da Kate Winslet. Mas ficar falando que ela é uma grande atriz em 2021 é meio gastar o tempo de todo mundo.

Essa minissérie conta a história de uma detetive de uma cidadezinha americana da Pensilvânia que investiga um assassinato e luta para manter a vida dela nos eixos. Nada de novo.

As atuações da Kate e dos coadjuvantes são bem mais impactantes do que o roteiro, do que a trama, que é apenas um arroz com feijão bem temperadinho.

Todo mundo do elenco está bem, mas tem que citar a Juliane Nicholson (melhor amiga) e o Evan Peters (detetive parceiro). Os dois e a Kate ganharam o Emmy. Foram três prêmios de atuação e valeria ainda um Emmy para Jean Smart (mãe da protagonista e a atriz principal de outra série, “Hacks”).

5 ‘The white lotus’

'The White Lotus' — Foto: Divulgação
‘The White Lotus’ — Foto: Divulgação

Esta lista tem muita série que fez só o básico. Não teve que inventar, que fazer nada mirabolante. Mas fez bem-feito, com roteiro redondinho, boas atuações. E, pronto, abriu-se um mundo de prêmios, de críticas positivas e, no caso de “The white lotus” a chance de uma vaga neste top 5.

Essa comédia dramática conta em sete episódios a história da relação entre hóspedes e staff de um resort no Havaí, focando na relação entre eles durante uma semana de estadia.

Diferentemente da série anterior, “Mare of Eastown”, que se segura mais nas atuações, essa aqui tem como principal predicado o roteiro. As situações são muito bem desenvolvidas, as tensões vão se acumulando. Você assiste sempre com aquela sensação de que algo vai dar errado…

Com personagens que 90% do tempo se comportam como totais idiotas, a série consegue falar de muitos assuntos importantes, como racismo, apropriação cultural, choque de gerações e é uma bela ilustração de como o mundo pertence a quem é branco e rico, sempre. E ainda tem um mistério a ser resolvido. Sabe-se que houve uma morte e isso aumenta ainda mais a tensão.

4 ‘Hacks’

'Hacks' — Foto: Divulgação
‘Hacks’ — Foto: Divulgação

Uma comédia sobre duas comediantes tem o honroso quarto lugar do ano. Uma veterana meio que em fim de carreira e uma jovem promissora que acaba de ser cancelada na internet que se juntam meio a contragosto porque precisam se ajudar

“Hacks” conta a história de Deborah Vance, vivida pela incrível Jean Smart. Foi por esse papel que ela levou o Emmy, vivendo uma comediante que precisa dar uma renovada no seu repertório de stand-up para conseguir manter seus contratos.

Para isso, ela aceita a colaboração de Ava, a meio desconhecida Hannah Einbider. Ela interpreta uma roteirista que foi cancelada depois de uma piada considerada homofóbica.

O conflito de gerações aparece na forma de visões diferentes sobre o que é comédia, o que pode ou não ser piada, sobre qual o papel da mulher nessa indústria, sobre assédio e o que, afinal, é a sororidade. As duas vão construindo uma relação, com uma super química entre as atrizes e um texto primoroso.

3 ‘Only murders in the building’

'Only murders in the building' — Foto: Divulgação
‘Only murders in the building’ — Foto: Divulgação

Nosso terceiro lugar é uma improvável série sobre um… podcast de true crime. “Only murders in the building” consegue juntar no mesmo elenco Selena Gomez, Steve Martin e Martin Short.

A série se passa num edifício badalado em Nova York (até o Sting mora lá) e conta a história de três vizinhos viciados em podcasts. Eles decidem investigar um crime depois que a polícia resolve o caso dizendo que foi suicídio.

O trio resolve investigar e fazer um podcast da investigação, claro. O ritmo dos episódios, o belo visual e a atuação meio exagerada dos três protagonistas dão o tom da série.

Essa mistura de comédia com investigação criminal tem ainda romance, amizade e termina com um excelente gancho para a segunda temporada.

2 ‘Round 6’

Ator Lee Jung-jae é o protagonista de "Round 6" — Foto: Divulgação
Ator Lee Jung-jae é o protagonista de “Round 6” — Foto: Divulgação

O segundo lugar é a série mais falada do ano. Round 6 não foi um megassucesso de crítica, mas foi um grande sucesso de público. Só faltava você abrir a geladeira para pegar um suco e sair alguém de lá falando: “E aí? Você já viu ‘Round 6’?”

A série sul-coreana é sobre um monte de gente desempregada e endividada que aceita participar de brincadeiras mortais com a promessa de que quem sair vivo da disputa ganha US$ 40 milhões.

Essa mistura de jogos mortais com jogos vorazes bateu recorde de audiência, ganhou um monte de memes e foi mais um exemplo da força da cultura da Coreia do Sul, depois do Oscar de “Parasita” e do estouro do k-pop.

Tinha versões mortais de cabo de guerra, batatinha 1, 2, 3, mas também tinha relações humanas, o que seja talvez a parte mais legal da série. Tem quem prefira dilemas morais e relações de amizade a braços decepados e miolos estourados.

1 ‘Ted lasso’

'Ted Lasso' — Foto: Divulgação
‘Ted Lasso’ — Foto: Divulgação

Ele só não foi o melhor técnico de futebol do ano porque em 2021 Abel Ferreira ganhou duas Libertadores e Cuca ganhou a Copa do Brasil e o Campeonato Brasileiro.

Mas para quem não é palmeirense ou atleticano, Ted Lasso foi o grande treinador de 2021. A primeira posição tinha que ser desta série, com uma segunda temporada direitinha, bem-feita e fofinha.

Faz sentido uma série tão “good vibes” fazer tanto sucesso e ficar no topo da nossa lista. Em tempos tão difíceis, tudo que a gente precisa é de um bigodudo tratando os jogadores como se todos fossem uma família. Tipo o Felipão na copa de 2002. Saudades penta.

Aos que ainda não conhecem, Ted Lasso é o personagem-título de uma comédia sobre o técnico vivido por Jason Sudeikis. Ele é um técnico de futebol americano, aquele da bola oval, que é convidado para treinar um time do futebol inglês, o que se joga no Brasil.

E com essa premissa esdrúxula “Ted Lasso” levou sete Emmys e fez muita gente ficar fã de jogadores como o ranzinza Roy Kent, o estrelinha Jamie Tartt, ou o boa praça Dani Rojas. Ele costuma sempre falar “futebol é vida”. Foi difícil discordar.