Cientista político não acredita em ‘3ª via’ em JP e prevê polarização entre Cartaxo e João

O cientista político Ítalo Fittipaldi analisou o cenário político que vem sendo construído para as eleições do próximo ano em João Pessoa. De acordo com o especialista, a disputa eleitoral na Capital será feita por duas máquinas governamentais, a Prefeitura Municipal, através da candidatura à reeleição do prefeito Luciano Cartaxo (PSD), e a do Governo Estadual, com o secretário de recursos de Infraestrutura e Hídricos, João Azevêdo (PSB).

Sobre a possibilidade de candidatura do PT, Fittipaldi foi enfático e afirmou que o Partido dos Trabalhadores na Paraíba, e em João Pessoa, “é frágil e ainda não mostrou a sua personalidade, pois sempre teve dificuldades de se posicionar como situação ou oposição.”

“Independentemente de qualquer situação ou conjuntura nacional, o PT da Paraíba ainda não é mais confiável, e vem demonstrando fragilidade. Enquanto o partido não se posicionar, vai continuar fadado a ser coadjuvante na política da Capital e do Estado”, disse Ítalo Fittipaldi.

Um dos cotados pelo PT para disputar a Prefeitura da Capital é o do deputado federal Luiz Couto. Apesar de reconhecer a força e credibilidade do político veterano, Ítalo garante que o parlamentar petista não teria chance contra os nomes que já estão postos devido as constantes baixas que o partido vem tendo desde a saída de Ricardo Coutinho (PSB) até a recente desfiliação de Luciano Cartaxo.

“É preciso em uma campanha eleitoral, além do recurso financeiro, o contingente humano, e o PT da Paraíba tem sofrido recorrentes baixas nos últimos anos. Mesmo com a força do nome de Luiz Couto, não vejo como o PT ter chances sem esses recursos”, disse o cientista político.

Fittipaldi revelou que o cenário político em João Pessoa só deverá estar firmado em meados de fevereiro, mas não acredita que haverá uma terceira via para os eleitores da Capital.

“João Pessoa é um colégio eleitoral importantíssimo, e o grupo de Cássio Cunha Lima deve lançar candidato do PSDB, mas eu ainda acredito que só haverá espaço para uma terceira via se houver uma fragmentação da oposição”, prevê cientista político.