Cientista político diz que tendência na política atual é ter mais individualismo e menos ideologia

O prazo para novas filiações terminou no primeiro semestre de 2015, e nesse momento os partidos buscam alianças para o pleito que está por vir. Nessa conjuntura, as plataformas e ideologias partidárias são escanteadas, abrindo espaço para uma política individualista, voltadas para interesses pessoais e sem compromisso com o eleitor.

De acordo com o cientista político José Henrique Artigas, “os políticos mudam muito rapidamente de interesses e ideologias após as eleições, divergindo das propostas apresentadas em campanha, o que faz com que o eleitor perca a representatividade almejada com o voto”.

Esse quadro também não é diferente em relação aos partidos, que se tornaram dispersos e, de acordo com o cientista, “se mostram voltados as atividades eleitorais, trocando o apoio por interesses clientelistas, que não se coadunam com as plataformas, o que cria um individualismo muito grande na legenda”.

E só quem perde são os próprios partidos. “Essa dispersão partidária muito grande faz com que os partidos tenham pouca representatividade no Congresso Nacional”, concluiu.

Por Cristiane Cavalcante, especial para o Paraíba Já