Cientista político descarta impeachment: “Dilma está na UTI, mas ainda não morreu”

O cenário político para a continuidade do governo da presidenta Dilma Rousseff (PT) é ruim, mas ainda não torna inevitável a sua renúncia ou pior, seu impeachment. Esta é a avaliação do cientista político Jaldes Meneses sobre a crise que a petista e sua gestão vem enfrentando desde a reeleição, em outubro do ano passado.

“Dilma fez escolhas econômicas de políticas que não avaliou bem, e está pagando o preço por isso. Ainda há salvação para o Governo, ele está na UTI, mas não morreu, e tudo depende dos próximos passos da presidenta. Esta reforma ministerial pode ser uma cartada, mas se fracassar, o Governo vai embora junto”, avalia Jaldes, referindo-se a informação de que o Governo Federal prepara uma reforma para acomodar melhor as forças políticas que ainda apoiam Dilma.

Ele lembrou que ataques especulativos são sazonais, e que a tese do impeachment da presidenta ‘aparece e desaparece’. Ainda assim, Jaldes não acredita haver um cenário propício para que isso aconteça. “Apesar das mobilizações que vemos, estas forças estão circunscritas a um determinado grupo social, diferente do impeachment do ex-presidente Fernando Collor, onde havia uma mobilização social maior e uma mobilização política, com PT, PMDB e PSDB apoiando. Hoje, essa articulação é mais difícil, apesar de não ser impossível”, finaliza.