Cida diz que Cartaxo comete estelionato eleitoral ao fazer demissão em massa

Na campanha eleitoral do Rádio e TV, o prefeito reeleito Luciano Cartaxo apresentou a sua administração na prefeitura de João Pessoa como se fosse um mar de rosas. “As contas estavam em dia e administração estava sabendo trabalhar, mesmo enfrentando a realidade da crise nacional. Tudo falso, discurso de campanha”, afirmou Cida Ramos.

O estelionato eleitoral, no entanto, já de revelou no primeiro dia do novo mandato do prefeito. No momento em que o país passa por uma recessão econômica, o ajuste fiscal do prefeito acabou recaindo na parte mais fraca: o trabalhador municipal. Agora, mais de 12 mil paraibanos, iniciam 2017, sem emprego porque confiaram no prefeito e foram enganados. Ontem, Cartaxo exonerou, de uma só vez, 12.540 servidores temporários e comissionados.

“O prefeito reeleito precisa vir a público explicar como esses trabalhadores são descartados no segundo mandato se ele próprio dizia que o PS e Comissionados eram imprescindíveis para tocar os serviços de saúde, educação e assistência da prefeitura”, concluiu.

De acordo com a última atualização no Sagres (Sistema de Acompanhamento da Gestão dos Recursos da Sociedade) – outubro, a Prefeitura tem na administração direta 12.540 servidores divididos entre comissionados (910) e contratados por excepcional interesse público (11.630).

O Ministério Público Eleitoral (MPE) questionou essas contratações durante o período eleitoral, em setembro, ajuizando uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) pedindo a inelegibilidade do prefeito de João Pessoa por abuso de poder visando influenciar a resultado eleitoral. A ação aponta aumento de despesas com contratações temporárias na Prefeitura da capital. A Promotoria constatou que o índice de contratados sem concurso em detrimento do total de servidores aumentou entre janeiro e março de 2015, passando dos 50% e que os gastos efetivados com esse pessoal, entre 2012 e 2014, passou de R$ 208,5 milhões para R$ 279,5 milhões. Em dezembro de 2014, 56,94% do quadro de pessoal da Prefeitura de João Pessoa era formado por servidores contratados a título de “contratação temporária por excepcional interesse público”.