Apesar dos boatos de que a candidatura do PT de João Pessoa seria um “placebo” e que mais adiante a sigla poderia apoiar a pré-candidatura de João Azevêdo (PSB), o presidente estadual do PT Charliton Machado garantiu que o partido terá candidatura própria, pois, a capital paraibana “precisa pensar mais profundamente” sobre si. Nesta reflexão, as últimas gestões municipais sofreram críticas do petista, que diz que reconhece os avanços, mas que eles são marcas de políticas desenvolvidas pelo Partido dos Trabalhadores.
O Diretório do PT de João Pessoa deve se reunir no final desta terça-feira (26), para reiterar a tese de candidatura própria e anunciar um nome que deverá dar voz às ideias do partido. O nome mais favorito, na disputa interna, é o de Charliton.
“A pauta de hoje deverá colocar a decisão da Executiva municipal, que tomou deliberação por candidatura própria. Como uma instância inferior, ela estará submetendo a sua decisão à instância superior que é o Diretório Municipal de João Pessoa. O diretório deve votar e ratificar a decisão, que será consolidada, e inclusive fazer a indicação do pré-candidato ao município pelo PT. Meu nome está à disposição do partido. Há um referendo, pelo ponto de vista do diálogo que nós estamos fazendo, estamos construindo a unidade interna”, explicou.
Dos boatos sobre possível adesão à candidatura do PSB, Charliton foi enfático. “Não tenho nenhuma dúvida que nós teremos candidatura própria. Nós vamos para a disputa este ano, mostrando que é possível pensar a cidade de forma mais profunda, mais humana, do que está sendo trabalhado em debate político na agenda atual”, declarou.
E aproveitou para criticar as últimas gestões de João Pessoa. “Nós não vamos deixar de desconhecer os avanços que houve em João Pessoa, avanços estes na área de saúde, na educação. Até porque, são avanços que tem a marca do PT, do governo Dilma e Lula, com o programa Brasil Carinhoso, a política habitacional do Minha Casa, Minha Vida, as políticas sociais, as políticas voltadas para a mobilidade. Ou seja, são políticas que tem a marca do governo Lula. Nós sabemos que se tem muito a se fazer, mais do que um viaduto e um binário. A cidade precisa conhecer mais profundamente suas políticas sociais”, concluiu.