Central já realizou 137 transplantes este ano na Paraíba

Entre os meses de janeiro e agosto, a Central de Transplante da Paraíba, órgão da Secretaria de Estado da Saúde (Ses), realizou 137 transplantes, sendo 114 de córnea, 22 de rim e 1 de fígado. Atualmente, estão na fila de espera por transplante 332 pessoas (331 para córnea e 1 para fígado).

Na Paraíba, há várias unidades de saúde privadas credenciadas pelo Sistema Nacional de Transplante (SNT) e autorizadas a fazerem essas cirurgias pelo SUS.

Para transplante de fígado, estão autorizados os hospitais da Unimed e o Nossa Senhora das Neves, em João Pessoa; de rim, o Hospital Nossa Senhora das Neves e o Memorial São Francisco, também na Capital, e em Campina Grande, o Hospital Antonio Targino. Para o transplante de córnea, são credenciadas várias clínicas em João Pessoa, Campina Grande e Sousa.

“A captação dos órgãos, que só acontece após a família assinar um termo de doação, pode ocorrer em qualquer hospital onde há o diagnóstico da morte encefálica”, disse a médica nefrologista Gyanna Lys Montenegro, diretora da Central de Transplante.

Ela explicou que médicos da UTI são os primeiros a identificar o provável doador e, a partir de então, é realizada a abertura do Protocolo de Morte Encefálica, que é de notificação obrigatória. O processo cumpre etapas até a conclusão do diagnóstico da morte encefálica.

A Central monitora e fiscaliza todos os passos do procedimento. Após a comprovação da morte, a equipe faz a entrevista com a família para a doação.

“O diagnóstico da morte encefálica passa por vários processos, entre eles dois exames clínicos e um de imagem. Os hospitais que não dispõem do equipamento para o registro gráfico do diagnóstico da morte encefálica, podem solicitar à Central de Transplante, que disponibiliza o equipamento de doppler transcraniano, um dos métodos autorizados para esse registro gráfico.

Campanha estadual

No mês de setembro, a Central de Transplante realizará a 17ª Campanha Estadual de Doação de órgãos e Tecidos para Transplantes. O Dia Nacional da Doação de Órgãos transcorre em 27 de setembro, simbolizado através do laço verde.

Nesse período, a Central desenvolverá atividades educativas e culturais voltadas à capacitação de profissionais envolvidos no processo e à conscientização de público.

Nova sede

A Central de Transplante da Paraíba está de casa nova. Funciona no Hospital Estadual de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, na capital. A mudança é uma conquista importante para a logística do processo de doação de órgãos e tecidos para transplantes por estar sediada no complexo do Trauma, que é a maior unidade em doações.

“Além das melhores condições de trabalho, já que foi construído de acordo com as nossas necessidades, o prédio proporcionará maior integração entre a Central de Transplante, a Organização à Procura de Órgãos (Opo) e o Banco de Olhos da Paraíba, permitindo melhor controle e gerenciamento por parte da direção”, disse a gestora da Central de Transplante.

O novo espaço também propiciará aos servidores da Central melhor acomodação, além de dispor de sala para treinamento e reuniões, equipada com datashow; sala de informática, ligada através do Data-Sus com o Sistema Nacional de Transplante/Ministério da Saúde, em Brasília-DF.

A Central de Transplante e a Opo funcionam 24 horas por dia, e estão abertas para receber notificações de óbitos, tanto de morte encefálica como após a parada cardíaca.

O trabalho da Central de Transplante também se estende ao Programa de Educação Continuada, voltado para a sociedade, por meio de palestras educativas de esclarecimento sobre todo o processo de doação de órgãos e tecidos.

Para entrar em contato com a Central de Transplante e solicitar palestras, tirar dúvidas ou informar os óbitos há o e-mail[email protected] e os telefones (83) 3244.6192 / 98845.3516. A nova sede fica na sala 10, do 1º andar do anexo do Trauma.

O contato com a Organização à Procura de Órgãos (Opo) é pelo telefone: (83) 3216.5746.