Como não possui curso superior, o estudante Rodolpho Carlos Gonçalves da Silva, acusado de atropelar e matar o agente de trânsito Diogo Nascimento durante uma blitz da operação Lei Seca no bairro do Bessa, em João Pessoa, pode ser conduzido nas próximas horas para o PB-1, presídio de segurança máxima que fica localizado no bairro de Mangabeira. A informação foi divulgada agora há pouco na TV Correio pelo repórter policial Emerson Machado, o ‘Mofi’.
Rodolpho Carlos foi preso no final da tarde desta segunda-feira (24) e levado para a Central de Polícia, no Geisel. Nesta terça-feira, às 13h, no Fórum Criminal da Capital, ele participa da audiência de custódia com o juiz Marcos William de Oliveira, titular do 1º Tribunal do Júri da Capital.
Relembre o caso
Na madrugada do dia 21 d janeiro, Rodolpho Carlos atropelou o agente de trânsito Diogo Nascimento de Souza. Após sair de um bar e ser parado em uma blitz da operação Lei Seca, testemunhas disseram à polícia que o estudante acelerou seu carro, um Porsche avaliado em R$ 500 mil, atropelou a vítima e deixou o local sem prestar socorro. Diogo chegou a ser levado com vida para o Hospital de Trauma de João Pessoa, mas morreu um dia depois. O fato ficou conhecido na Paraíba como ‘Caso Porsche’.
Nas primeiras horas do dia 21, a juíza plantonista Andréa Arcoverde Cavalcanti Vaz, do 1º Juizado Especial Misto de Mangabeira, decretou um mandado de prisão temporária alegando “medida de extrema relevância para elucidação dos fatos criminosos e apuração de sua participação no crime ora em apuração”.
A magistrada destacou em sua decisão que “o acusado evadiu-se do local do crime sem prestar socorro à vítima, demonstrando a intenção de furtar-se a sua responsabilidade penal pelos fatos praticados”.
Contudo, às 3h do dia 22, o desembargador Joás de Brito Pereira Filho, hoje presidente do Tribunal de Justiça da Paraíba, atendeu a um habeas corpus impetrado pelo advogado de Rodolpho e, antes mesmo de o jovem ser preso, emitiu um salvo-conduto, impedindo a prisão do acusado.
Saiba mais
Rodolpho Carlos é herdeiro do Grupo São Braz, a maior empresa alimentícia do Estado. A família também é proprietária da Rede Paraíba de Comunicação, afiliada da TV Globo.
O grupo é comandado pelo empresário José Carlos da Silva Júnior, que já foi vice-governador da Paraíba (1983-86) e primeiro suplente de senador pelo PMDB, entre 1995 e 2003, assumindo o cargo em duas ocasiões, por um breve período, em 1996 e 1999.
