As primeiras audiências de instrução relacionadas ao caso do Hospital Padre Zé, em João Pessoa, foram agendadas para o próximo mês de maio pela Justiça da Paraíba. A audiência referente à Operação Indignos, que investiga um esquema de corrupção na gestão do hospital, está marcada para o dia 20 de maio e ocorrerá no Fórum Criminal de João Pessoa. A modalidade da audiência, seja presencial ou semipresencial, será definida pelas partes envolvidas.
O ex-diretor Padre Egídio, juntamente com as ex-funcionárias Jannyne Dantas e Amanda Duarte, são os principais investigados por suspeita de desvio de recursos e doações da instituição de saúde. Atualmente, eles encontram-se detidos aguardando desdobramentos do processo.
No dia 27 de maio, Padre Egídio comparecerá perante a Justiça para esclarecer as denuncias de fraudes na compra de computadores. Além disso, Amanda Duarte e um empresário serão interrogados, suspeitos de desvio de recursos públicos destinados à aquisição desses equipamentos.
A Justiça determinou um limite de 16 testemunhas, reduzindo significativamente o número inicial indicado pela defesa dos acusados, que era de 35 pessoas a serem ouvidas durante a audiência de instrução.
Enquanto isso, Padre Egídio teve seis pedidos de Habeas Corpus negados. O primeiro pedido, enviado ao Supremo Tribunal de Justiça (STJ), foi rejeitado pelo Ministro Teodoro Silva Santos em 28 de novembro de 2023. Após recorrer ao Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB), o segundo pedido também foi negado pelo desembargador Ricardo Vital em 4 de dezembro de 2023. O terceiro pedido, direcionado à ministra Cármen Lúcia do Supremo Tribunal Federal (STF), foi negado em 17 de janeiro.
Apesar do TJPB manter a prisão de Padre Egídio em 30 de janeiro, seus advogados apresentaram um novo pedido de Habeas Corpus ao Supremo Tribunal de Justiça (STJ) em 5 de fevereiro, mas foi negado pela quarta vez em 10 de fevereiro pela corte.
Em 26 de fevereiro, o ministro Teodoro Silva Santos do STJ rejeitou mais um pedido de Habeas Corpus do padre. E recentemente, nesta segunda semana de abril, o juiz da Sexta Turma do STJ negou pela quinta vez o recurso de liberdade para Padre Egídio.