Caso Padre Zé: defesa contesta violação de medidas cautelares por Padre Egídio

Religioso suspeito de desviar recursos públicos no hospital, em João Pessoa

Os advogados que fazem a defesa do padre Egídio de Carvalho contestou as informações do Centro de Monitoramento de Tornozeleira Eletrônica da Secretaria de Administração Penitenciária do Estado, que denunciou à 4ª Vara Criminal de João Pessoa uma violação das medidas cautelares.

A defesa garante que, desde 17 de abril, o padre tem cumprido rigorosamente todas as determinações impostas. No entanto, aponta uma imprecisão no dispositivo de monitoramento, que indicou uma localização a 1,6 km de distância do prédio Saulo Maia. A defesa afirma que, devido ao estado de saúde do padre, seria impossível ele percorrer 3,2 km (ida e volta). Ao perceber a falha, a defesa contatou imediatamente o Centro.

O monitoramento eletrônico mostra que Carvalho deixou seu apartamento no bairro de Cabo Branco e caminhou pela orla pessoense no dia 21 de junho, sem justificar a saída. Em outras ocasiões, Egídio deixou sua residência para consultas médicas, apresentando atestados que comprovam a necessidade desses deslocamentos.

A defesa destaca a falta de elementos que comprovem a suposta quebra das medidas cautelares e solicita: a) que o CMTE envie o relatório detalhado do dia 21 de junho; b) que sejam requisitadas as imagens das câmeras do condomínio do edifício Saulo Maia na data e horário mencionados, para provar que o padre permaneceu no local.

Padre Egídio foi preso por desvios milionários no Hospital Padre Zé em novembro de 2023, junto com as ex-diretoras do Hospital Padre Zé, Amanda Duarte e Jannyne Dantas.

Padre Egídio é suspeito de desviar recursos públicos no Hospital Padre Zé, em João Pessoa. O religioso é dono de diversos imóveis de luxo em João Pessoa e de uma granja milionária no Conde.