Caso Mariana Thomaz: desembargador propõe aumento de pena de Johannes Dudeck

Acusado havia sido sentenciado a 32 anos de prisão em novembro do ano passado

O desembargador Fred Coutinho, do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB), votou para aumentar a pena de Johannes Dudeck, condenado pela morte da estudante de medicina Mariana Thomaz. O acusado havia sido sentenciado a 32 anos de prisão em novembro do ano passado.

A defesa do réu recorreu da decisão e solicitou que a Câmara Criminal do TJPB anulasse a condenação. Em sessão realizada nessa terça-feira (09), o desembargador Fred Coutinho, relator do caso no colegiado, anunciou seu voto para aumentar a pena por homicídio qualificado para 25 anos e seis meses, dois anos a mais do que a sentença original proferida pelo juízo de primeira instância.

Segundo Fred Coutinho, houve um “erro matemático” na aplicação da pena inicial. Com o aumento proposto, a pena total de Johannes Dudeck somaria 34 anos e seis meses, quando somadas às demais condenações. O julgamento foi suspenso após o pedido de vistas apresentado pelo desembargador Ricardo Vital de Almeida.

Relembre o caso

A estudante de medicina Mariana Tomaz de Oliveira, 25 anos, foi encontrada morta no apartamento em que morava, no bairro do Cabo Branco, em João Pessoa, no dia 12 de março de 2022. O crime teria acontecido um dia antes, na noite de sexta-feira, 11 de março.

O namorado da vítima, o empresário Johannes Dudeck, de 31 anos, é o principal suspeito de cometer o crime. Ele foi detido na Central de Polícia, em João Pessoa, onde aguarda a audiência de custódia para saber se responderá pelo crime em liberdade ou se terá a prisão preventiva decretada.

Em seu depoimento, o homem afirmou que a namorada passou mal, convulsionou, e acabou falecendo. Ele acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que ao chegar ao local, apenas constatou o óbito. No entanto, conforme a perícia, a morte foi causada por estrangulamento.

De acordo com as informações, o empresário estava em um relacionamento há um mês com a vítima e já é fichado pela Lei Maria da Penha por agressão a outras mulheres.

Mariana Thomas Oliveira era natural do Ceará e cursava o sexto período de medicina na Famene. Em nota, a faculdade lamentou o ocorrido e prestou solidariedade aos familiares da jovem.

O caso está sendo investigado e o inquérito será encaminhado para a Delegacia de Homicídios nesta segunda-feira (14).